quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Jesus, modelo através dos séculos.


Acabei de ler a seguinte matéria na, Gospel Primer “Cantora famosa diz que autores da Bíblia estavam bêbados e chapados”, e não podia deixar de protestar como demonstração de repúdio ao ato da cantora, Dorota Rabczewska, que usa o nome artístico de Doda, que talvez não beba taça alguma de vinho e nunca tenha fumado um baseado na vida, mas incrivelmente adora estirar o dedo médio para as pessoas em alguns dos seus vídeos.

Doda em sua entrevista disse ser difícil acreditar em alguém que escreveu depois de ter bebido e fumado maconha, pelo que foi processada, sendo condenada a pagar a multa de míseros 1.450 dólares, por ter ofendido a fé de milhões de pessoas de alguns seguimentos religiosos. A doce mocinha também afirma que, mais pessoas acreditam em dinossauros do que na Bíblia. “Dize-me com quem andas e te direi quem és”. O ex-noivo de Doda, Adam Darski, nem percebeu que o seu nome foi dado em homenagem ao primeiro homem criado por Deus, Adão, descrito no livro do Gênesis e em pleno show, rasgou um exemplar da Bíblia, em 2007. Porque ninguém contou para o coitado que o nome dele estava lá, assim evitaria que ele negasse o próprio nome?

Coisas como essa, acontecem dia após dia e muitos acham comum a expressão de ideias que agridem a outros como simples marketing. Porém essa insensatez é de se esperar. O mundo do Rock ao longo de sua história abriu uma vertente para o ocultismo camuflado e também aberto em determinados grupos, com letras que mostram total oposição ao que tantos consideram objeto do sagrado. Esperar impiedade do ímpio é óbvio, choca, mas ele dá apenas o que tem, pior faz os que deveriam ser santos e guardadores a Palavra, e não o fazem.

O que dizer das aulas de mestrado em teologia quando alguns “mestres” para chocar seus alunos e ver a reação deles jogam o exemplar da Bíblia na lata do lixo? Conseguem ver semelhança ou diferença?

Porque considerar culpada a pobre infeliz que não discerne da mão direita da esquerda, se Jonas faz pior?

Precisamos com urgência rever nossa crença sem nos deixar levar por ventos que surgem não se sabe de onde e nem tampouco para onde caminha. Não se pode desmistificar a fé do povo simplesmente apagando-a, faz-se necessário redireciona-la, plantado uma fé viva, genuína, no Filho de Deus e em Sua Palavra, que é viva e eficaz. Palavra que não caduca com o passar do tempo.

O que esperar do povo que anda errante, sem saber a quem seguir; se homens que foram chamados por Deus, e por isso mesmo receberam a “luz da revelação”, se deixam levar por ensinamentos de ímpios? Se eles alimentam as crendices do povo que põe a fé em coisas criadas e não no Criador. Se pensando que usaram o pano certo para fazerem o bom remendo, o fizeram com pano de chão, daqueles bem surrados? O povo de Deus que sempre foi respeitado, sendo considerado como um povo forte e não vendável está passando por dias difíceis nos vários grupos, sofrendo uma espécie de guerra civil devastadora.

Jesus no seu tempo arrastou multidões de modo simples, falando a verdade, sem alisar a cabeça de ninguém, repreendia com amor, defendia com unhas e dentes a casa onde seu Pai era adorado, respeitava a Palavra, pois ele próprio era o cumprimento dela, realizava milagres, orava, jejuava, cuidava do próximo, trazia vida e esperança aos mortos, física e espiritualmente; tudo para a glória de Deus. Pensando sobre tudo isto, com seriedade me responda, temos seguido os seus passos? Que evangelho nós seguimos hoje?

Ontem, estava escrevendo um texto e li em Marcos 3:9-12, “E, ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse, Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem. E os espíritos imundos vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus. E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem”. O texto deixa claro que Jesus não queria propaganda de si mesmo em out door, antes preferia que o povo cresse nele voluntariamente e assim decidisse segui-lo por amor, por fé, por entender que Ele esperança viva, o Ungido de Deus habitava entre os homens.

Só falta o cúmulo do absurdo, que hoje os demônios precisem usar a boca dos seus opressos para que os homens que se dizem de Deus tenham a revelação. O que se faz necessário para acordar das apelações que tem sido feitas?

Desperta tu que dormes e levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá”. Efésios 5:14

Há muita gente boa que tem compromisso verdadeiro com Deus, que está se descabelando para consertar a situação atual nas aberrações instituídas em Sua casa, e como método; adotam o outro extremo, negando veladamente as práticas ensinadas pelo próprio Jesus, como mencionamos acima. Instruir com verdade para construção de uma fé sólida é o objetivo, o crescimento o Espírito Santo que convence o homem, faz a seu tempo. Ele espera pacientemente por todos nós. Cada um tem o seu tempo de amadurecimento.

A casa de forma alguma pode estar dividida. Precisamos restaurá-la. Cada um torne-se responsável pela necessidade que vê. Se a casa ruir, o prejuízo é grande e não podemos nos iludir; de Deus, ninguém zomba, nem os de dentro, nem os de fora.

Deus tenha misericórdia de nós.

Denise Figueiredo Passos




sábado, 21 de janeiro de 2012

MISSÃO IMPOSSÍVEL...Em busca de um herói

Na última semana do ano passado eu e minha irmã Cátia, fomos saborear uma deliciosa pipoca, enquanto assistimos ao filme Missão Impossível, em lançamento tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu venho assistindo a série desde o tempo dos seriados para TV em preto e branco, que mais tarde foram produzidos em longa metragem. 
Nos filmes atuais, as missões continuam mais impossíveis, os algozes mais cruéis e os mocinhos mais hábeis. O filme que serve não apenas para desopilar o fí gado, mostra uma intensa ação do início ao fim, conduzindo o expectador com muita imaginação a um mundo virtual onde todas as conquistas são possíveis. Como em todo filme de ação, por instantes somos tentados a tomar o lugar do protagonista e nos achar fortes, lutando com braveza, sendo inabaláveis. Porém, quando voltamos à realidade e o mundo real desmorona sobre nós, nos tornamos medrosos como um gato que corre para baixo da cama, totalmente aterrorizado diante do perigo.


Nada parecidos com o mocinho que escala paredes como se fosse o Homem Aranha e pula barreiras como o gato de sete botas e, que talvez nos próximos lançamentos voe como o super-homem. Tudo é possível na missão impossível. Os machucados não doem, o desejo de vencer aos desafios é que impulsiona o herói que se conforma em viver aparentemente feliz, longe do amor da sua vida, pois tem uma grande missão a cumprir. Tudo acontece por uma boa causa, para proteger o mundo dos homens maus que querem destruí-lo.

Tudo é muito romântico, contudo vivemos num mundo real, e quando saímos porta a fora do cinema, à vida segue; onde gente como a gente, morre violentamente todos os dias e, o sangue que não é azul, derrama-se até a vida esvair. Os que não morrem, são prisioneiros de si mesmos, das suas paixões que lhes avassalam a vida. Os mendigos ainda vivem nas ruas, as crianças carentes vivem na sarjeta, abandonadas a própria sorte, os aposentados ainda morrem nas filas dos hospitais públicos, enquanto aguarda o precário atendimento, e onde a impunidade galopa veloz em direção contraria aos criminosos institucionalizados. Os cativos ainda estão presos na torre do inimigo, que tranquilamente descansa sabedor de que já não é acreditado como antes, portando não oferece perigo algum. Os heróis que anteriormente lutavam com braveza para resgatar os que andam em rumo certo para a morte, hoje barganham desavergonhadamente. Trocam os louros e os troféus do dever cumprido, por uma ninharia e na pior das hipóteses por um prato de lentilhas, que posteriormente vira dejeto.

Mudar o estabelecido nestes e em tantos outros fatos que deixei de relatar é uma verdadeira missão impossível. Onde estão os heróis? Que se levantem para lutar bravamente contra todo este tipo de coisa invisível que arruína o mundo visível.
Estou vivendo num país que valoriza os heróis e aprendi a admirá-los. O mundo sente falta de heróis de verdade, daqueles que se doam pelo outro, que se levantam em defesa do oprimido pelas grandes injustiças. Heróis que estão fora de moda por causa da vida agitada que atropela os sublimes ideais.

A Bíblia narra centenas de histórias de grandes e (aparentemente) pequenos heróis da fé. Lembro-me que na infância amava ouvir estas histórias, tanto na Escola Dominical, quanto por meus pais, ao me colocarem na cama à noite. Cresci ouvindo falar de um Deus Todo-Poderoso e experimentei na própria vida o quanto Ele detêm todo poder, quando me trouxe da morte para vida, aos seis anos de idade. Aquele homem que voava comigo a caminho da  morte, foi o meu herói. Meus pais que lutaram bravamente em oração, sem desistir de mim, foram meus heróis. 

A Bíblia fala de homens que no seu tempo, viveram bem perto do que hoje, o ator Tom Cruise vivendo Ethan Hunt no filme Missão impossível, viveu. Será que tudo o que o filme apresenta é tão impossível de acontecer em questão de tecnologia e destreza nos agentes especiais? Se não é, por que é mais fácil acreditar que estas novidades da tecnologia moderna, criadas pela inteligência humana são possíveis e, a destreza do Eterno Deus é conto da carochinha nos escritos bíblicos? Porque, tudo que se refere ao poder de Deus em fazer a sua “missão (im)possível” precisa ser apenas pano de fundo? Só porque vivemos esta época e nossos olhos veem e nossos ouvidos ouvem as notícias como vimos e ouvimos o longa-metragem, cremos que tudo isto é possível? Então Jesus disse: “Porque me viu você creu? Felizes são os que não viram e creram”. João 20:29
 Que venham os heróis! O mundo geme por eles. Pessoas comuns, com defeitos e qualidades, mas que em seu raio de ação se disponha em casa, no seio da família, nas ruas e avenidas dos bairros, nas comunidades, nas escolas e igrejas, que se sintam comissionadas a lutar pela verdade que Deus estabeleceu para a vida do homem que criou.

O mundo nunca precisou tanto de heróis como hoje. Muitos possuem um herói encubado dentro de si, que luta para romper o egoísmo. Pessoas olham a necessidade do semelhante, maneiam a cabeça, sentem uma grande pena, mas que ainda não evoluiu para compaixão. O mundo vai de mal a pior. Despertem, vençam a si mesmos, desvencilhem-se dos embaraços. O seu próximo o espera. Disponha-se antes que seja tarde demais, antes que a missão que é totalmente possível se torne mais difícil ou mesmo impossível.
Deus nos abencoe.

Denise F Passos

domingo, 8 de janeiro de 2012

Àquele que nos dá "esperança"


Esperança é palavra que está na boca do povo como dito corriqueiro, mas nem sempre na mente e no coração. Resume-se em “esperar com confiança o que se deseja”. Parece simples, mas por detrás desta palavra, há um mundo se suposições, mitos, enganos e verdades.
     A Mitologia grega nos conta que a “esperança” foi dada de presente de casamento á bela Pandora (e aí temos mais um presente de grego). A maravilhosa esperança junto a todos os males do mundo cabia numa caixinha, que para atrair a cobiça da bela jovem deve ter sido atraentemente adornada. A pobre esperança via-se perdida diante dos males que serviam para afligir corpo, alma e espírito e assim aterrorizar os homens de toda a terra, pelos séculos dos séculos. Tão vasta e inesgotável, porém, socada no fundo de uma caixinha. Inadvertidamente Pandora abriu a caixa e deixou escapar todos os males do mundo, mas a esperança permaneceu, ficou dentro. A primeira a entrar, mas, sempre a última a sair, fadada a chegar atrasada quando o caos se instala. Lamentável! Pobre esperança...

A Bíblia relata que após a queda o homem foi banido do Jardim do Éden e consequentemente da presença de Deus e, desorientado passou a andar errante segundo o desejo do seu coração. Como consequência do aumento populacional, a maldade despertada no homem também se multiplicava. O primeiro homicídio copulou o homem do mal que jazia apenas à porta. (Gn4:8) Os descendentes de Caim instauraram a primeira sociedade organizada com suas tendas, artefatos em bronze e objetos cortantes e, para o lazer inventaram instrumentos musicais. Parecia excelente, tudo correndo as mil maravilhas, o progresso chegando, isto, se a maldade não lastrasse como praga, corroendo a bondade, resquício do atributo divino no coração humano.

Lameque, da quinta geração após Caim, (Gn 4:23) ufanou-se para Ada e Zilá, suas mulheres, por ter matado um homem que o feriu e a um rapaz por tê-lo pisado. Quando a vida é banalizada, instala-se a barbaridade e sua tendência é aumentar, pois, sendo nutrida, dia após dia pelo descaso à consciência, torna-se como uma bola de neve que se agiganta através dos tempos. O que vemos na sociedade atual, não vem de agora, é coisa que permeia o coração humano desde que o mundo é mundo.

Quando a caixa de Pandora se abre pela segunda vez, deixa escapar deliberadamente a esperança até então aprisionada, que salta tão esfuziante do cárcere, causando um efeito contrário na humanidade, um estado de esperança letárgica se instala. Nada muda quando esta esperança se desvencilha do cativeiro. Os homens continuam a ser brinquedo nas mãos inescrupulosas dos deuses do Olimpo, sem esperança alguma de escape e de mudança. Prometeu ainda está preso e acorrentado e a águia gigante ainda come as suas vísceras todos os dias pela eternidade; enquanto Epitemeu  segue sendo enganado por Pandora, a linda mulher por quem é embasbacado. Nada muda nesta falsa esperança. Sem contar que existem várias versões para esta trama. Os fantoches estão no palco da epopeia grega, esperando quem tenha uma nova versão para eles encenarem.

Após a queda no Jardim do Éden, nasce à esperança, providencia divina para a humanidade. Sua missão é dizer ao homem que nem tudo está perdido, há um novo caminho a seguir. A esperança retorna o homem ao paraíso mesmo que momentaneamente. Retorna o homem a Deus, a Seu convívio, a Sua proteção, a Sua orientação, a Sua providência. E o que é o “paraíso”, senão, estar plenamente em Deus, na confiança de que os Seus cuidados sempre alcançam o esperançoso de fé. Fazendo o homem retornar a um estado de completa dependência e harmonia, a esperança premia quem a busca, mantendo-o em estado de graça e serenidade mesmo em meio às turbulências da vida. A independência de Deus que o homem tanto quis foi concedida - fato irrevogável. Agora só resta ao homem à esperança e, esta, só tem quem quer ter, quem luta por ela, quem luta para mantê-la a todo custo.

Qual é a real esperança para homem? O que Deus realmente quer com tudo isto? Quanto ao homem, ele quer viver eternamente, não entende e nem aceita a morte, certo? Deus não criou o homem para a morte. Ele quer que o homem, viva a vida, de modo a retornar para Ele, mesmo que seja através da morte. Ela é o mal necessário para que isto aconteça.

Na cabeça dos homens que talvez até amem a Deus, mas que não tem esta viva esperança, a verdade de Deus não passa de um conto da carochinha. Usam a cronologia, epistemologia, a arqueologia e outras tantas logias (que não retiro o seu valor) buscando na ciência o que se entende pela fé. Jesus, a esperança viva, que Deus deu de presente aos homens, se faz latente no coração de quem quer, é a chama que mantém viva a pessoa que nEle crê, com um tipo de vida abundante que muitos dos que se dizem seus discípulos, não possui.

O que Jesus ensinou repetidamente a seus discípulos e aos que o cercavam, não difere em nada do que a sábia esperança nos ensina hoje. Quando nos reportamos a História das civilizações, sempre regada em tanto sangue, pelo massacre promovido por quem teve sede de poder ou quis mostrar poderio subjugando povos e nações, força o homem a ver uma impotente esperança, mascarada de impossibilidades, de senões, que foge covardemente pra não ver o circo pegar fogo, que se esforça para tornar o eterno em perene, oferecendo soluções miraculosas imediatas embrulhadas em papel de seda e um belo laço de fitas, para omitir o conteúdo fétido. A distorção fica por conta das mentes malignamente pessimistas.  Pouco importa se o mito de Pandora foi criado por motivos políticos da época. O fato é - o que escapou daquela caixinha     continua influenciando negativamente a vida de muita gente que vive desesperançada.

À esperança que Deus proveu a Adão e que Jesus ensinou de forma tão objetiva, é a mesma e, até aqui continua vigente. Esperança que não caduca com o tempo, que se renova dia após dia. Afinal, “a esperança é a última que morre”, assim enfatiza o sábio dito. Se a perdermos, perdemos todas as chances, perdemos a mola mestra que nos impulsiona a viver a vida abundante, perdemos a essência. Então, nossos sonhos diluem-se e ficamos desnorteados e sem objetivos, nossa vida perde o sentido e o vazio toma conta. Tudo isto por uma simples razão, a esperança que traz a paz, é retida em nós, pela fé.
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:5
 Deus nos abençoe.
Denise Figueiredo Passos
    

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Onde tudo começa

O texto base da mensagem do culto da passagem do ano de 2011 para 2012 pelo meu cunhado Pr. Marcelo Rolney foi ll Samuel 12:16 a 20, e enquanto conversávamos a respeito foi crescendo a vontade de escrever sobre este assunto como primeira matéria do ano de 2012.

Davi estava apaixonado (obcecado?) e não mediu consequências para obter o motivo do seu afeto. Não bastava olhar, precisava possuir. Deus, como sempre, da corda aos que se acham capazes de andar com as próprias pernas e vão, mesmo que por algum tempo segundo a paixão do coração, assim fez com Davi.

Daquilo que foi primeiramente imposto a Bate-seba, nasceu um filho que aconteceu fora dos propósitos e, portanto, não poderia ter existido. A sentença de Deus parece ser cruel. O que tem a inocente criança a ver com o erro dos pais? Mas, como Deus é especialista em reverter em bênçãos às besteiras que fazemos da própria vida, sondou o coração de Davi e viu que havia muito amor e confiança o suficiente para ter seu pedido negado, já que este jejuou sete dias para que a criança não morresse.

Durante aqueles intermináveis sete dias de jejum, lamentações e oração uma grande cura foi sendo efetuada na alma de Davi. Houve um total quebrantamento do coração. Seu interior foi completamente desnudado para que não restasse resquício algum guardado que não fosse tratado naquela amarga situação. Interessante, que nestas situações Deus aproveita para nos tratar completamente, como um doente que vai ao hospital com uma grave enfermidade e os médicos checam tudo para ver onde está o foco do problema e assim tratar o doente por inteiro, para que o caso não piore, e de uma coisa aparentemente inofensiva não generalize por falta de tratamento adequado.

O tratamento começa na mente. Se vencermos a batalha mental, vencemos cinquenta por cento da guerra. Manter a mente cativa a Cristo em qualquer situação não é tarefa fácil. Há uma luta interior entre o que devemos fazer e o que é mais fácil de ser feito. Infelizmente, a maior parte das pessoas opta pela segunda opção e deixam seus ideais pelo meio do caminho, chutam literalmente o pau da barraca e tudo desmorona. Independente daquela situação Davi sabia o lugar que ocupava no coração de Deus, e isto estava gravado em sua mente e em seu coração. A autocomiseração não foi capaz de atingi-lo, porque a sua mente estava cativa ao Todo-Poderoso como a mente de Jó também esteve.

Intermináveis aqueles sete dias. Uma agonia enquanto esperava o veredicto de Deus. Mas, a resposta foi negativa. A criança morreu. Quantos de nós abandonaria a Deus, se tivesse uma resposta negativa da parte dele em algo tão sério? Se Deus dissesse a você: A criança vai morrer, é o meu decreto; qual seria a sua atitude? Não havia o que fazer, então porque Davi jejuou? No período de jejum, Davi entrou no justo juízo de Deus. Um lugar difícil de estar. Mas é o lugar onde todo aquele que deseja conhecer o coração de Deus, para ser segundo ele é, precisa estar. É neste lugar onde Deus nos desnuda, não para a nossa vergonha, mas para a nossa cura. Os véus que nos separam de Deus são inúmeros e tão espessos, que apenas um pouco da luz que deveria irradiar em nós consegue transparecer. Este não é o juízo da acusação, pelo contrário, é o juízo da redenção, que nos faz reconhecer o quanto precisamos da virtude dEle, para retornarmos a Sua semelhança e a Sua imagem. A criança precisou morrer. Qual é a criança (simbolicamente) que precisa morrer na nossa vida para nos tornarmos verdadeiros adoradores?

Quando a criança morreu, Davi surpreendeu a todos com a sua atitude. Uma sequencia de atitudes que deve ser observada. Levantou das cinzas, se lavou, se ungiu, mudou de roupas, entrou na casa do Senhor e adorou. ll Samuel 12:20

Davi aprendeu um grande segredo que o fez se manter segundo o coração de Deus. Ele conseguiu vencer todas as etapas para ser um adorador pleno.

Levantou-se das cinzas – Quando uma pessoa pranteava e jejuava era costume vestir-se com panos de saco (tecido rústico), sentar-se sobre as cinzas e colocar um pouco dela no alto da cabeça. Mas, há um tempo específico para as cinzas e as lamentações. Elas não podem nos acompanhar durante toda a vida, senão a sequidão delas nos corrói em vez de trazer o benefício específico a que ela se propõe. Só pode seguir em frente quem toma a atitude de levantar e sacudir as cinzas daquilo que está morto. Enquanto as cinzas nos acompanham, vozes de acusação do nosso adversário ecoam dentro de nós. Por isso um segundo passo se faz tão necessário.

Se lavou – Todo o resto de cinza precisava ser retirada. As cinzas tem um propósito e são necessárias por um período, mas precisam ser completamente retiradas de nós quando queremos avançar. Os resquícios de cinza nos fazem retornar ao pó de onde viemos e se não for completamente retirada à vida se torna um ciclo-vicioso. Não anda, nem para frente nem para traz. A lavagem da Palavra deve limpar completamente cada reentrância, até que tudo esteja limpo por completo.

Se ungiu – A Bíblia narra vários episódios onde a unção foi aplicada. Cada uma delas de forma específica em situações completamente diferentes uma da outra. Era comum antigamente, as pessoas esfregarem óleos aromáticos na pele. Assim elas se perfumavam para uma ocasião especial, preparando-se por completo. Depois de tantos dias esponjando-se na cinza, seria necessária uma reparação aos danos causados a pele. A água lavou as rachaduras produzidas pelo ressecamento das cinzas, agora o óleo vai hidratar e curar as pequenas fendas abertas por ele, deixando a pessoa ungida totalmente restaurada. Da mesma forma a Palavra e a Unção, devem vir em sequencia na vida de todos nós.

Mudou de roupas – Após a limpeza e restauração chegou a hora de nova roupagem. Panos de saco não combinam em nada com a forma especial de uma grande celebração. A velha roupagem deve ser trocada por novas. As roupas que devem estar limpas e sem rugas precisam estar adequadas à ocasião. E para chegar ao último passo nesta sequencia, um novo vestuário é fundamental. É necessário mudar, e mudar para melhor.

Aqui termina a primeira etapa. A preparação que deve ser feita na vida de um adorador.  “A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantados pelo Senhor, para que Ele seja glorificado. Isaías 61:3



O passo seguinte, importante como os demais fala de uma atitude ímpar.

Entrou na casa do Senhor - Como filhos de Deus ter a atitude de estar em Sua casa, é participar de toda intimidade e benefícios existentes do lugar. Davi descobriu que não existe lugar melhor no mundo do que estar em Sua presença.

Adorou – Um adorador não precisa de motivos lógicos para adorar. Adorar é predisposição ao ato e com a continuidade vira estilo de vida. Davi nasceu para ser um adorador e Deus o coroou perpetuamente.

Depois que adorou Davi voltou para casa disposto a recomeçar do zero. Sem lamúrias, sem chorar pelo ingrato passado, outra vez amou a Bate-seba e desta vez gerou a Salomão, e a Bíblia diz que o Senhor o amou. O homem mais sábio, mais rico, mais famoso, mais amado; foi o filho da adoração.

Para ser um adorador basta se predispor a ser. Adore em qualquer circunstancia. Não espere as coisas melhorarem, o céu ficar azul e todo estrelado, tudo dar certo, ter tempo sobrando, ficar mais velho, etc.

Lanço um desafio que tomei para mim assim que o recebi de alguém. O dia tem 24 horas, mas separe 5 minutos destas horas para adorar a Deus. Sem pedir nada, mantenha a sua mente totalmente ligada em Deus, dando glórias, dizendo o quanto o ama, e exaltando os seus atributos e, vai ver quanta diferença que fará em sua vida. Eu posso garantir. Estes 5 minutos parecem pouco, mas valerão mais do que as 23:55 minutos que você vai viver em torno de si mesmo.

Deus nos abençoe.

 Denise Figueiredo Passos

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pura nudez

Esta semana li uma reportagem na, Gospel Prime que noticiava um calendário lançado pelo fabricante do chocolate Lambretz, numa bonita homenagem a Espanha. Uma foto em particular causou polêmica pelo antagonismo de situações. A atriz Paz Vega, aparece nua, ajoelhada no altar, como se estivesse fazendo uma oração, na capela da Irmandade de Nossa Senhora da Encarnação, em Sevilha.

A atriz que encenou os filmes Carmen e Espanglês, deu um depoimento dizendo ser cristã e que fez tudo com muito amor e respeito e não teve intensão alguma de ofender a fé católica nem a igreja.


Um tipo de estandardização do Marketing para criar ibope é mexer com o brio dos religiosos. Parece que isto tem se tornado via-de-regra. Pensamos ser apenas implicância gratuita com o protestantismo ou o catolicismo, mas qual nada. A falta de fé, que esfria qualquer tipo de amor genuíno em respeito ao sagrado, corrói os brios da sociedade. E a igreja é parte integrante dela.


A partir desta reportagem quero lançar várias perguntas para reflexão e discussão deste assunto polêmico.

Pode a pureza e a sensualidade caminhar juntas? Até que ponto uma prejudica ou influencia a outra?

Mas, até onde há pureza na sensualidade?

Até que ponto o jogo da sedução que é normalíssimo na vida do ser humano pode ser considerado normal? Até que ponto pode haver pureza na sedução?

Será que todos os homens e também mulheres (no contexto atual) vão olhar a nudez com a mesma pureza que a atriz diz ter? Pode a pureza do nu, livrar-se de olhos cobiçosos?


Eu não sou puritana, mas fui criada com princípios rígidos de moralidade, aprendendo a respeitar o sagrado. Porém, o ser humano sempre tendeu vender a alma por dinheiro. O vil metal ainda é capaz de comprar a integridade de muitos, de corromper os bons costumes, a santidade dos que deveriam se manter separados para Deus em o respeito aos ideais. O dinheiro que foi pago a igreja para a utilização do espaço e que supostamente foi direcionado para a caridade, causou mais maleficio do que benefício. Os fins nunca justificam os meios.


A sensualidade do livro de Cantares de Salomão é puríssima. Tudo é puro para os puros. Tudo é puro até que seja maculado. Quem conhece a neve sabe do que eu estou falando. A neve cai silenciosa e constante, acumulando até ficar tudo branco lá fora. Enquanto permanece intacta, é branca que chega a ofuscar a vista. Quando os raios de sol incidem sobre ela, tudo fica mais branco e, o olhar precisa ser desviado ou deve-se usar óculos escuros, tal a intensidade do brilho. Mas, o movimento dos pedestres e carros vai maculando-a, até se tornar lama de gelo. Enquanto permanece alva, é apreciada, depois que macula, é rejeitada. Assim acontece com tudo o que é puro e vai sendo maculado pela maldade do coração humano.


O que Deus criou puro e de uma beleza singela, o homem conseguiu enlamear, incitado pela lascívia. E sem perceber, caiu na prisão das paixões, cujas correntes são densas e os cadeados de muitas voltas. O que era puro e inocente transformou-se em vício insaciável. Quanto mais tem, mais quer, não há limites. Uma foto mostrando a nudez aparentemente pura vai desencadear uma série de sentimentos, movidos pelos pensamentos dos olhos que a absorve. Os que são presos ao vício da pornografia, nunca olharão um nu com pureza d’alma. Nem a nudez de um bebezinho inocente trocando a fralda.

Tudo é puro para os puros e tudo é impuro para os impuros. Por mais pura e inocente que fosse à intensão da atriz em realizar o “trabalho”, de boa intensão o inferno está cheio. Em depoimento a atriz disse que, lamentava a desaprovação da igreja a sua arte e que não queria ofender o seu povo e sim honrar o seu país e as suas tradições. Vamos supor que a intensão da atriz fosse respeitosa; o ano tem doze meses e não sei o mês que coube a ela no trabalho, mas com certeza estava ligada a outras mulheres que talvez usem a pornografia como meio de sobrevivência. Que pureza mesclada!


Já imaginou se toda pessoa que quisesse honrar as tradições e homenagear o seu país e honrar o seu povo, começasse a ser fotografada pelada, nos pontos de atração turística? A inversão de valores e, a falta de instrução aos jovens do sagrado, do que é puro, está banalizando o que deve ser preservado.


O que realmente está por traz desta situação? Qual o interesse em denegrir a fé alheia não respeitando o que outros consideram sagrado? A essência foi diluída e o homem está começando a viver da aparência. Aparência de sagrado, enquanto é profano. Maquiagem para enganar os menos avisados e os que não conseguem discernir entre a mão direita e a esquerda. Assim Deus definiu os cidadãos ninivitas, que com todo domínio em sua época não passavam de tolos no conceito divino.


Este texto tem o intuito de fazer pensar e abrir discussão sobre o assunto que é bastante polêmico. Espero receber e-mail com as opinião dos leitores.


Deus nos abençoe com esclarecimento.

Denise Figueiredo Passos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cinquente e três anos bem vividos...

Hoje amanheci agradecendo a Deus a oportunidade de viver mais um ano. Louvei o Seu poder, em prolongar a minha vida, dando ordem expressa à morte que me cercava, quando eu estava morrendo de difteria, aos seis anos de idade. Este é o meu bem maior, a vida. E procuro vivê-la de forma intensa e harmoniosa, mesmo quando nem tudo vai bem.
Ainda na minha cama, hoje pela manhã, comecei a lembrar das celebrações do meu aniversário e o quanto elas me fizeram feliz.

Minha mãe adorava festas. Eu tinha uma avó postiça que dava cordas a ela, a vovó Geni. Era uma vizinha que tinha um filho único, solteirão e então adotou a mim e a meus irmãos como netos. Ela era muito habilidosa nos trabalhos manuais e nossas festas eram detalhadas. Lembro que a festividade acontecia em dois dias diferentes. Um dia em que eram reunidos os vizinhos, amigos e a família para um culto em ação de graças, e outro dia para a festa. Assim crescemos instruídos por aquela mulher tão simples, que toda celebração deve ser regada com gratidão.

Nosso aniversário nunca passou em branco, mesmo que fosse apenas um bolo com refresco meus irmãos e eu, tivemos. Isto desenvolveu em nós um sentimento de grande valor para nossos pais e amigos. Realizar aniversário é mais do que comer bolo, é celebrar a vida.
Meus quinze anos, foi celebrado de forma especial, com a simplicidade da época, mas foi maravilhoso ter a família, amigos que cresceram comigo, vizinhos e irmãos da igreja. Tinha tanta gente que a casa não comportava o número de pessoas e praticamente fechamos a rua onde morávamos.
Meus dezoito anos caiu num domingo, e papai estava de serviço na Marinha e isto me fez chorar. A família não estava reunida para a celebração. Naquela época, mal sabia eu que aquele era apenas o começo da falta dos entes queridos nos dias mais importantes da vida.
No vigésimo terceiro aniversário eu já estava casada e celebramos em nossa casa; no ano seguinte a Suelen já estava conosco. Muitos deles foram celebrados na igreja onde o papai era o pastor. Era bom demais. Cresci naquele lugar e éramos como família.
Em Brasília, foi muito bom. O coral da juventude da Catedral tinha por costume fazer serenata na janela dos aniversariantes. E quando menos esperávamos a música começava e até os vizinhos curtiam o espetáculo das janelas dos prédios. Naquela época meu marido e eu éramos líderes de jovens e curtíamos muito o trabalho. De modo que os quarenta e dois anos foi regado a muita cantoria. Hahaha
Nos quarenta e nove anos, resolvi fazer algo diferente. Fui a Petrópolis comprar os presentes de Natal para todos na Rua Tereza. O dia foi agradabilíssimo. Nos cinquenta quis dar uma grande festa, mas o vai e vem da vida impediu-me.
Desde que a vida resolveu me separar das pessoas que amo, eu precisei aprender a curtir cada pessoa há seu tempo. E não cobrar da vida o que ela não pode me dar outra vez. Já vivi lindos aniversários, com alegria, sorrisos, festa, lágrimas, tristeza, presentes e entre eles até um pedido de casamento.
Hoje dia 21 de dezembro de 2011, minha irmã me surpreendeu com uma festa em sua casa. Disse que iria reunir as mulheres da igreja e pediu-me que desse uma palavra a elas por cerca de trinta minutos. Eu preparei tudo e elas fizeram bolo e ainda um jantar. Para finalizar, ganhei uma linda joia. Um cordão de ouro com uma pedra vermelha em forma de coração.
Eu não esperava receber presente algum. Não sou pessoa que precisa de coisas para ser feliz. Mas, Deus tem cuidado de mim de forma especial nestes últimos dias, aliás, como sempre cuidou. O Seu amor tem me envolvido de forma tal que a alegria que andava distante, voltou.
Hoje pensei numa peca de teatro criada pela Jocum, que encenamos várias vezes para as crianças da igreja, chamada “O ladrão de alegria”. Um homem mau que não teve felicidade na vida, roubava tudo que alegrava as pessoas ao seu redor. Até que se deparou com uma garotinha cuja alegria era o Senhor. Vinha das fontes de águas vivas que jorram do interior. E ele não pode rouba-la. Assim, eu tenho uma preciosidade que ninguém e nem todo o inferno reunido vai me tirar, a alegria de viver. Esta é a minha maior celebração. Obrigado Senhor.
Agradeco as minhas filhas, a família, a querida Nema, a todos os amigos que me telefonaram, os que deixaram recados no facebook, os sms, os do msn, da rede social, do Beco dos poetas, enfim a todos vocês que demonstraram o enorme carinho que sentem por mim. Vocês são preciosíssimos. Deus os abençoe MUITO.


Minhas queridas amigas de Maryland celebrando o meu niver em 2011
Grupo feminino da igreja de Delaware no meu niver em 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Boas lembranças

Este fim de semana foi abençoadíssimo. No sábado tivemos chá para mulheres no hotel Confort Inn, com finalidade evangelística e dois cultos no domingo um pela manhã e outro a noite.
A preletora Leide Miculic que veio de Boston com mais quatro pessoas, ficou hospedada em nossa casa e foi agradabilíssimo tê-los conosco. Ela trouxe consigo o acordion, o irmão que as acompanhava tocando violão e entramos madrugada a dentro cantando os hinos antigos, que carinhosamente chamamos de jurássicos.
Eu toquei acordeon na minha infância. Participei de um grupo que abrilhantava os cultos de ceia da Assembléia de Deus em Madureira composto de umas cinquenta pessoas uniformizadas tocando o instrumento repartido nas quatro vozes, (soprano, contralto, tenor e baixo) dirigido pela maestrina Querubina (saudade de correr no grande quintal e subir na frondosa goiabeira nos intervalos das aulas na sua casa, hahaha). Lembro-me do esforço do meu pai em carregar aquele instrumento pesado e tomar o ônibus para a igreja, só para que eu pudesse participar dos eventos. Minha mãe também teve classes de música só para me incentivar. Obrigado, se puderem me ouvir.

Aos dezesseis anos tive aulas de piano com o Professor Joãozinho da sanfona e, como a nossa casa era muito pequena não tinha espaço para comportar um piano, então eu treinava na igreja e Madureira com permissão do Pastor Paulo L Macalão. Meu acordeon ficou meio que aposentado e doamos para um irmã cujo nome não recordo, que tinha recursos para comprar um instrumento e sempre usava o meu nos cultos de uma congregação perto de nossa casa. Acho que depois desta época nunca mais tive um acordeon nas mãos.

Depois de muitos anos tive a grata satisfação de tocá-lo outra vez e foi bom demais. Thank God. Neste recomeço, Deus está me fazendo excelentes surpresas. Fazendo-me voltar às raízes e ver que ainda estou firmada nelas e, que elas são mais profundas do que eu imaginava e são elas me mantêm viva e verdejante. A vida da muitas voltas e algo de bom que aconteceu no passado e fez um bem enorme, de alguma forma volta para alegrar o coração nos momentos de dificuldade.

Creio que aqui também cabe o versículo “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás”. Eclesiastes 11:1
Viva bem o seu presente, porque ele retorna para você, em lembranças ou mesmo em situações, que poderão ser boas ou desagradáveis, dependendo que que foi plantado no passado. Viver bem o presente é estar no centro da vontade de Deus para a sua vida. O que passar disto vai retornar em frustração e tristeza. Minha infância foi privada de muitas coisas, mas não faltou o essencial, amor. E este amor nós vimos na doação que meus pais fizeram de si mesmos não só para comigo e meus irmãos, mas com todos aqueles que se acercavam de nós. Muitos foram abençoados com a nossa harmonia familiar. Nossa riqueza sempre foi superior a material e esta riqueza, aprendemos a repartir.

Algumas pessoas que não entendem isto, porque não vivem esta realidade, acham tolice à doação que fazemos de nós mesmos. Mas, cada um dá o que têm. E quando aprendemos a viver assim, não cabe outra forma. Este comportamento torna-se um estilo de vida.
Eu estou muito feliz e quis compartilhar com vocês esta minha alegria, que talvez pareça ser pouca coisa para alguns, mas no contexto atual é valiosíssima. Deus é simples e as coisas simples são as mais excelentes.
Obrigado.
Denise Figueiredo Passos

Foto 1 - Chá das mulheres em Delaware.
Foto 2 - Matando a saudade do acordeon.
Foto 3 - Parte do grupo instrumental
Foto 4 - Meus amados pais, Pastor Newton Figueiredo e Ilma de Almeida Figueiredo. Muita saudade.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

EUREKA!!!


“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Lucas 15:8-10

A mulher da parábola tinha dez dracmas e estava satisfeita com elas. Era o suficiente para mantê-la estável. Ela vivia em equilíbrio consigo mesma, com o próximo e com Deus enquanto mantinha a sua riqueza bem guardada. A casa onde morava talvez tivesse vários compartimentos e com ampla possibilidade de esconderijo para o seu tesouro. Porém, num desastroso dia, uma das dracmas simplesmente sumiu. Ela poderia simplesmente sentar na sua confortável poltrona e chorar as mágoas. Chorar a perda de algo que lhe era tão valioso e que talvez tenha lhe custado anos de trabalho árduo. Talvez ela não reconquistasse a dracma perdida nunca mais.


A mulher perdeu a dracma dentro de casa. A porta estava bem guardada e mesmo assim a moeda estava perdida do lado de dentro. Quantas vezes nos preocupamos com a porta de entrada, por onde agentes externos podem entrar para trazer danos irreparáveis e não tomamos a devida cautela de ter o recinto do lar arrumado, limpo, organizado, com cada coisa no seu lugar? O inimigo que está fora da casa, influencia apenas de fora para dentro. Se as paredes são bem sólidas e a porta está reforçada, não há o que temer. Nós somos a casa espiritual onde Deus habita. E vez por outra precisamos limpar esta casa, varrer o lixo acumulado pelo tempo, sem coloca-lo em baixo do tapete, adotando a atitude correta de jogar o que não presta para mais nada na lixeira, que se mantêm fora da casa.


Esta mulher teve uma grande iniciativa. Em primeiríssimo lugar ela acende a candeia. Ninguém procura com certeza de achar, se estiver na escuridão. Escuridão é terreno das incertezas. Primeiro é necessário trazer luz as coisas que estão às escuras. E na verdade a escuridão só existe por causa da ausência de luz. Um simples raio de luz pode atravessar a escuridão e terminar num objeto. E a escuridão só pode ser medida de acordo com a intensidade de luz no ambiente. A escuridão precisa deixar o cenário quando a luz chega.


Se você pegar uma banana e uma lanterna devidamente coberta com papel celofane azul num local totalmente escuro, ao acender a lanterna, a banana se apresentará na cor preta e não amarela como é na verdade. O Hino da Harpa Cristã, intitulado “Nívea luz” descreve um rogo incessante da alma. O som da doce voz ainda ecoa em meus ouvidos e vai continuar enquanto eu viver.


“Jesus, eu almejo a pureza do céu, Tua linda presença no coração meu

Os ídolos quebro, me toma Jesus; Ó dá-me a pureza da nívea luz.

             Nívea luz, nívea luz, nívea luz, ó dá-me a pureza da nívea luz”.



Assim, a luz que mostra a realidade existente ao redor necessita além de ser trazida pelas ondas certas, não ter barreira alguma que a deturpe.


Quando a luz atinge um objeto pode acontecer um dos seguintes fenômenos:

Absorção – Os objetos que são bons condutores absorvem a energia, acumulam e repartem, isto é, conduzem a outros.

Reflexão – Os objetos que são incapazes de acumular e transmitir energia. Eles vibram ao receber a energia, mas ela é retornada para fora do objeto. É o efeito bate e volta. O efeito da luz não penetra profundamente no material.

Dispersão – A luz que incide sobre uma superfície grosseira é refletida em várias direções. Por isso mesmo pode ser visualizada de vários ângulos.

Refração – É o efeito de retenção da luz por alguns objetos. Um diamante ao receber a luz a retêm por mais tempo, por isso tem brilho intenso.


De que forma a luz de Cristo tem incidido em nossa vida? A lua não tem luz em si própria, mas reflete uma luminosidade majestosa. Temos absorvido, refletido, dispersado ou refratado a luz que precisamos para iluminar o mundo em travas?


Depois que a mulher teve o recinto de sua casa bem iluminado, começou a varrer. Cada canto foi vasculhado, tudo foi removido do lugar e ela não desistia do seu objetivo. Sua busca foi minuciosa, bastante detalhista em sua procura pelo objeto precioso. O texto enfatiza que ela procurou diligentemente, isto é tocou “faxina geral”. É comum faxinar uma casa uma vez por semana ou no máximo de quinze em quinze dias. Se passar disso, a sujeira acumula e fica mais difícil de limpar.  Quantas vezes nos preocupamos em faxinar a nossa casa interior onde Deus habita? Não apenas limpar, mas reciclar o que pode ser reaproveitado e deixar brilhando o tesouro adquirido. Os valores que acumulamos durante toda a vida são preciosíssimos e devem ser preservados a todo custo. Só numa situação de perda é que conseguimos descobrir o valor real destes tesouros.


A mulher não descansa enquanto não encontra o que está procurando. Desânimo é palavra que não existe em seu vocabulário. Os medrosos que desistem em meio às dificuldades são taxados como frouxos e perdem a festa de celebração à vida. O tempo pode ser um inimigo cruel para quem tem um objetivo a alcançar. Parece que nunca chega a sua vez. A casa do vizinho parece estar mais iluminada e em festa, enquanto a sua quase no apagar das luzes de um pobre candeeiro. Mas, ela não desiste.


De repente, quando menos se espera, EUREKA! Lá está, no canto da parede, camuflada entre a fenda de madeira do assoalho, a preciosa dracma. Ela não se conteve de felicidade, pulou de alegria, olhou a moeda e disse: "Você é minha, duas vezes, uma porque eu te conquistei e outra porque eu te resgatei". Contou as amigas e vizinhas que participaram da aflição na sua perda e as convocou para uma grande festa. Testemunhar é o mínimo que se deve fazer quando ocorre alguma conquista. O quanto você conquistou neste ano? Dois mil e doze foi um ano de perdas irreparáveis para mim, mesmo assim eu estou pronta a festejar, porque o tesouro maior que é Jesus; está bem guardado. Ele é a alegria da minha vida e este tesouro eu não perco. A luz continua iluminando e o tesouro está bem guardado dentro da ampla casa espiritual. Quando buscamos alegria nele e não em tudo que nos cerca a festa sempre acontece. E quando adotamos este posicionamento, com certeza os céus se alegram, pois a casa não precisa de fatores externos para estar feliz. O amor, a fé e a esperança; acompanhados de todos os seus derivados, estão lá, mantendo-a próspera para que os dias de festa sejam intermináveis.


Deus nos abençoe com um 2012 repleto conquistas e reconquistas.
Texto pregado em 04 de de dezembro de 2011 na Ass de Deus Shalom, em Lewes Delaware.

Grande abraço a todos.



Denise F Passos



sábado, 3 de dezembro de 2011

Conflitos internos exteriorizados

No dia dezenove de novembro voei de Salisbury para Atlanta a fim de passar o feriado de Thanksgiven com a minha filha Suelaine. Fiz conecção em Philadelphia e ao transitar pelo aeroporto, observei várias famílias viajando de um lado para o outro no mesmo propósito. Atualmente, por contingências da vida, vivo distante das minhas três filhas, além das duas que criei por alguns anos, porém nossa família mantêm inquebráveis os vínculos do coração. A amizade e o respeito que construímos ao longo destes anos me traz orgulho, pois vencemos muitas barreiras para chegar aonde chegamos. Hoje, quando eu ouço que sou o anjo que Deus colocou na vida delas, agradeço a sabedoria que me foi concedida para construir mulheres fortes e preparadas para a vida.


Quantas pessoas podem dizer o mesmo? No dia a dia percebemos a dificuldade de relacionamento entre as diferentes gerações. Em todos os seguimentos da sociedade, mas escolho falar sobre quatro seguimentos dentre os muitos existentes: pais, filhos e avós; professores, diretores e alunos; patrões, chefes e empregados; pastores obreiros e membros.


Falamos a mesma língua, mas não a mesma linguagem. O próximo, a quem amamos, já não está tão próximo. E mesmo que haja proximidade física, os corações distam em quilômetros uns dos outros. O que está acontecendo? Os problemas sociais, como desemprego, saúde, violência e criminalidade, educação, desigualdade social, habitação, além de outros, se aglutinam e são considerados os vilões, pois desembocam em muitos problemas de ordem psicológica causando transtornos talvez irreversíveis.


Entre pais, filhos e avós, a comunicação tornou-se um grande problema. A geração informatizada não precisa aprender o básico da vida com os mais velhos. Tudo que precisam já está programado nos sites especializados em “família virtual”. Já não se dá importância ao respeito que deve haver com os mais experientes, para não dizer idosos. Em outras culturas, os velhos são considerados detentores da sabedoria, na nossa, uns chatos. A crise de modelo faz com que os nossos jovens olhem pessoas completamente desvirtuadas para se espelhar, e assim, assumem a imagem distorcida como padrão. Aproximar estas três gerações que vivem em mundos completamente diferentes, é um grande desafio para o amor. É ele que vai dar base ao equilíbrio para criar um censo comum no relacionamento familiar.  Os integrantes machucados se afastam cada vez mais do verdadeiro sentido de família, quando deveriam se empenhar para fazer do seu ninho um “lar doce lar”. No período de formação, minhas filhas sempre me ouviam dizer “família não é uma porção de gente morando junto”. Quando brigavam e a coisa ficava feia o castigo era, ficar abraçadas por um período repetindo uma para a outra, “irmãs não brigam, amo você”. E funcionou muito bem, são amicíssimas.


Professores, diretores e alunos se agregam dentro de um mesmo prédio em diferentes realidades. As escolas em países emergentes ainda enfrentam grandes desafios, onde, ensinar ficou muito difícil! Os professores ainda se formam cheios de entusiasmo, achando que vão educar seus alunos para mudar o mundo, mas logo se deparam com a realidade dos colégios. A falta de recursos básicos; o mau ensinamento dos anos anteriores que não lhes permitem realizar um bom trabalho; a violência que passeia nos pátios, podendo chegar às classes; pais que não ensinam o respeito aos mestres; os conflitos de todo tipo e que não são deixados do lado de fora, passam a frequentar as salas de aula, formando alunos que aprendem cada vez menos.


Ao pensar na infância, lembro-me do respeito que nutríamos pelos professores. Quem da minha geração não se lembra do nome da sua primeira professora? Eles eram nossos ídolos. Quem da minha geração não aprendeu amor a Deus e ao próximo, respeito, civilidade e civismo na escola? Os valores atuais instituídos são totalmente inversos.


Patrões, chefes e empregados trabalham com o objetivo de trazer sucesso à empresa, conquanto a competitividade desenfreada produz grande rivalidade entre os escalões, onde a regra se torna esta: “sai da frente que eu estou passando”. A tensão do desemprego gera instabilidade emocional e o empregado se não for bem preparado para o serviço, fica ainda pior. Patrões visam o seu lucro, os chefes querem agradar os patrões e o pobre do empregado que se lasque. Eu trabalhei no registro de diploma da Faculdade Nuno Lisboa, e gostava muito do serviço que fazia, porém tinha um chefe que era deficiente no corpo e na alma. O sujeito era intragável. Um dia ele levou uns diplomas do curso de engenharia para serem registrados no MEC, trazendo outros já devidamente registrados e ao voltar deveria me prestar contas para que eu os protocolasse e não o fez. Cerca de um mês depois o formando veio requerer o diploma que simplesmente sumiu.
A culpa foi parar em quem? Obviamente chefes nunca são culpados de nada. Eu revirei aquela sala de ponta a ponta, até no arquivo morto eu procurei, e nada. Sobrou apenas a mesa do chefe. Dirigi-me a ele e disse já ter procurado em todos os lugares possíveis e impossíveis, apenas não havia procurado na mesa e armário privativos dele. A reposta foi: você pode procurar, mas aqui é impossível de estar e você precisa dar conta deste documento. Revirei as gavetas da escrivaninha com vontade de esganar o chefe e quando abri a porta do armário, ei-lo. O diploma estava na bolsa do chefe. Aquela situação me causou um enorme transtorno, eu estava grávida de dois meses da minha primeira filha e as dores e o sangramento de um princípio de aborto me colocaram numa encruzilhada e eu escolhi deixar o emprego para não perder o meu bebê.

Os novos programas interativos das empresas sérias, que visam o bem-estar do funcionário, são louváveis.   


Pastores, obreiros e membros, não escapam dos problemas. As igrejas deixaram de ser meditativas para serem contemplativas. O valor educativo na igreja está se resumindo ao que o povo vê e sente e não ao que ouve e aprende. A cultura oral deu certo ao longo de muitas gerações. A língua hebraica e a Torá foram preservadas milagrosamente mesmo com toda dificuldade que este povo passou. Eles entendiam a necessidade de sobrevivência da sua cultura e assim os pais ensinavam aos filhos e estes aos seus filhos e assim sucessivamente. Cada um se sentia parte do todo. Qual a dificuldade em continuar?


Hoje o miraculoso computador cerebral se recusa a aprender o que lhe é inconveniente. Depois que as meias verdades começaram a ser aceitas e o “isto não tem nada a ver” começou a andar de boca em boca, a confusão generalizou. Cada um faz o que quer. Troca-se de igreja como se troca de roupa. Aprender? Nem pensar. Tenho acompanhado de perto a dificuldade de pastores que levam com seriedade o seu pastorado no discipulado do seu rebanho, mas o povo anda indomável. Eles pensam, “já que a igreja é a casa do meu pai, posso fazer o que bem entender”. Ledo engano. Neste contexto, não é apenas a diferença entre as várias gerações pertencentes ao grupo, o problema é de sujeição à autoridade imposta por Deus.


Após esta resumida exposição podemos dizer que falta bastante equilíbrio nas situações destas áreas. Poucos se preocupam em fazer um caminho para chegar ao outro. Os construtores de pontes entre os corações afastados estão em escassez. O que vai ser das gerações futuras? Que legado deixar para elas? E a tendência é piorar, pois ninguém dá o que não recebeu.


Deus se fez um de nós, viveu a nossa humanidade para nos entender como somos. Porém, nós não nos fazemos um do outro para sentir as dificuldades; entender os tropeços sem apontar o dedo em rosto; chorar as dores e sorrir as alegrias; servir de cura as dores da alma; carregar no ombro se necessário for; perdoar as ofensas.


Quem vê alguma deficiência torna-se responsável em divulga-la e supri-la. Tenho sido bastante incomodada com estas situações, por isso mesmo decidi compartilhar. Espero ter sido útil e se quiserem falar sobre qualquer dos assuntos, podem enviar comentário ou mesmo e-mail.


Obrigado.

Sejam grandemente abençoados.

Denise F Passos