quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tributo as grandes mulheres como Alicia Nesh

                  A idéia de fazer este blog começou a partir dos estudos para mulheres da minha igreja e pregações que escrevia. Um pequeno acervo que adquiri com a experiência, ao longo dos anos. Um desafio a que me proponho; cada dia produzir mais e melhor. Instruindo-me e cooperando para o crescimento de outros. Aprendendo com a simplicidade da vida, que é linda de ser vivida, apesar das tantas dificuldades. Até que possa destilar esperança e todos os benefícios que a acompanham. Escrever, para mim, é conhecer a mim mesma, é exteriorizar um pouco do que sou. De forma simples, como eu, uma pessoa amante da vida.
A vida é um presente que poucos sabem valorizar. Uma jóia preciosa que deve ser bem cuidada para não se deteriorar.
Hoje assisti a um filme, narrativa de uma linda história de vida. É engraçado como muita coisa boa de assistir passa despercebido, enquanto assimilamos tantas porcarias filmadas. “A beautifil mind”...”A mente brilhante”, é a biografia de John Nash. Mestre em matemática, dono de uma mente brilhante, decifrador de incógnitas e teoremas complicadíssimos, venturoso em tudo que fazia, desenvolveu um quadro de esquizofrenia ainda enquanto estudava e mesmo assim foi chamado para pós-graduação em Harvard, o que recusou. Preferiu estudar e contribuir para o engrandecimento da Universidade de Princeton em New Jersey, que lhe ofereceu mais vantagens, acreditando em seu potencial.
Casou com Alicia Nash e teve um filho. As muitas entradas no hospital psiquiátrico com tratamento prolongado, a base de choque elétrico e os fortes psicotrópicos o deixavam meio que fora do ar, apático, inábil para o trabalho, incapaz de interagir com os poucos amigos e a família, de participar da criação do seu filho e de amar a sua mulher. O mundo imaginário criado pelo quadro esquizofrênico, o fazia ouvir vozes e visualizar pessoas que interagiam com ele deixando-o perturbado, até que tomou a decisão de não mais tomar os remédios e administrar as imagens do seu mundo particular, mantendo-os controlados. Fantasmas que o atormentavam dia a dia, incitando-o a fazer coisas fora da realidade.
Os caminhos da mente são tênues. Uma linha muito frágil, separa a realidade da loucura que sempre estão presentes na vida de qualquer um, basta sair do equilíbrio por muito tempo. John, conseguiu administrar esta loucura com a ajuda de Alicia. Numa parte do filme que muito me chamou atenção ela diz: “...desistir de Nash é como desistir de Deus e de mim mesma”. Esta mulher, soube amar. Amor é uma palavra que anda na boca de muita gente, que pouco sabe amar. Pessoas que vivem um amor de aparência, mas, quando este sentimento é provado pelas dificuldades que a vida impõe, o suposto amor é o primeiro que corre.
     Não basta amar, precisamos saber amar. Conhecendo as deficiências e necessidades do ser amado, pois, quem ama, não pensa em si mesmo, antes no objeto do amor, sua prioridade. Alicia, tanto quanto as mulheres dos grandes idealistas que teceram a história, estão correndo junto, lado a lado, dando suporte, conduzindo seus gênios ao brilho. Enquanto eles recebem os louros, elas estão na platéia, fazendo parte do coro de palmas, sabedoras que se eles estão no pódio, um grande percentual deve-se a elas, enquanto a sensação de dever cumprido é demonstrado na lágrima que rola pela face e o largo sorriso nos lábios. As grandiosas mulheres em cujo seio eles descansam, cujos ouvidos estão atentos para as novidades e de onde parte as excelentes idéias para seus gênios desenvolverem suas brilhantes teses, os mais sábios conselhos que os mantém à salvo, cujas mãos sempre afagam em suaves cafunés e os ombros firmes em apoio, quando nem tudo dá certo, leais quando todos os abandonam. As mulheres que sabem amar são frágeis e fortes, doces e cítricas quando necessário, iluminam como lâmpada a escuridão diária de seus gênios. E os guiam pelos caminhos do amor quando eles não encontram tempo para perder com estas tolices fugazes que tanto os enchem de vida e de esperança.
     Particularmente quero parabenizar as mulheres que sustentam a sua casa em oração. São estas, as grandes responsáveis pelo êxito de filhos e maridos. Os prêmios e todos os troféus, pertencem a estas guerreiras. Mulheres que oferecem a própria vida em sacrifício e que só descansam quando a resposta chega. Mulheres como a minha mãe, que me ensinou a lutar pelo bem-estar do meu lar.  
     Grande abraço
     Denise Figueiredo Passos