sábado, 28 de janeiro de 2012

O " EU" Derrubando gigantes interiores


No dia 20, sexta-feira da semana passada, começamos uma campanha na igreja Pentecostal Shalom, em Lewes, Delaware, cujo tema é “Derrubando gigantes interiores”. Durante sete semanas estaremos estudando e orando, para que consigamos, primeiramente, identificar quais são estes gigantes e o que é necessário fazer para mantê-los subjugados, mesmo que não consigamos destruí-los.

 
Baseado em Jeremias 2:12,13, esta série de estudos trará um esclarecimento a respeito dos pontos que deveremos cuidar na guerra interior que cada ser humano sofre; entre eles, por exemplo, o “ter ou ser”, “verdadeiro ou falso”, “profano ou sagrado”, coisas que têm a ver com a estrutura do ser humano.

 
Devemos saber diferenciar aquilo que é normal, como ser humano que somos, e o que faz separação entre nós e Deus. Há coisas que se mexermos com nossas próprias mãos, pioram; por isso precisamos da ajuda de Deus que nos criou e nos conhece melhor do que somos capazes de nos conhecer. Ele sabe dar suporte e desmanchar onde se faz necessário sem fazer ruir o edifício.

O “eu” foi colocado como o primeiro gigante que precisamos dominar. Não o “EU” pessoa, isto é a essência, mas o “eu” somado com os “ismos” da vida, como: ego-ísmo, ego-centrismo, ego-tismo. Estas combinações se não forem observadas e controladas desembocam no culto do “eu”, um tipo de “eu-vangelho”. E toda pessoa que cultua a si mesma não pode em hipótese alguma adorar a Deus.


Uma pessoa não pode servir a dois senhores. Ou mantêm o “eu” (combinado com os ismos) subjugado, vivendo vida altruísta, de amor a Deus e a si mesma, como também a seu próximo em perfeito equilíbrio ou coloca-se num altar onde tudo e todos giram em torno dela.




O que nossos pais deveriam ter nos ensinado a controlar desde a infância no período de educação e que para muita gente passou batido, na idade adulta torna-se um gigante que luta para aflorar e destruir valores morais tornando a pessoa doente espiritual e socialmente.

Identificamos no “eu+ismos”, este gigante, como o maior valente interior. Jesus disse: “E se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; e se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir. E se Satanás se levantar contra si mesmo, e for dividido, não pode subsistir, antes tem fim. Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e então roubará a sua casa” (Marcos 3: 24-27).



Sugestão: “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito (completo, inteiro, integral)” – Gênesis 17:1. A proposta de Deus para o homem é de que ele seja inteiro. Inteiro em seu relacionamento de amor com Ele. Deus sabe que não podemos ser perfeitos em nós mesmos, por isso, não espera de nossa a perfeicão e sim a integralidade.

 
A pessoa que é dominada pelo “eu+ismos”, deixando-se levar pelo egoísmo, egocentrismo e egotismo, está fadada a destruir-se, pois estes causam uma luta com o “eu-essência”, portanto é uma divisão.




O nosso eu-essência precisa estar livre do “eu+ismos” que é domínio dos gigantes interiores. Se conseguirmos dominar este valente, fica bem mais fácil conquistar a casa inteira outra vez e resgatar tudo que outrora foi dominado pelos invasores.

Pessoas andam divididas e nem se dão conta. Acham que são livres para fazer da vida o que bem querem, porém estão mais presas do que imaginam. Todo desequilíbrio transforma-se em prisão. A liberdade que tanto pregamos em Cristo, através da Sua maravilhosa Graça, advém da unidade com Deus, consigo mesmo e com o próximo.




Denise Figueiredo Passos

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Jesus, modelo através dos séculos.


Acabei de ler a seguinte matéria na, Gospel Primer “Cantora famosa diz que autores da Bíblia estavam bêbados e chapados”, e não podia deixar de protestar como demonstração de repúdio ao ato da cantora, Dorota Rabczewska, que usa o nome artístico de Doda, que talvez não beba taça alguma de vinho e nunca tenha fumado um baseado na vida, mas incrivelmente adora estirar o dedo médio para as pessoas em alguns dos seus vídeos.

Doda em sua entrevista disse ser difícil acreditar em alguém que escreveu depois de ter bebido e fumado maconha, pelo que foi processada, sendo condenada a pagar a multa de míseros 1.450 dólares, por ter ofendido a fé de milhões de pessoas de alguns seguimentos religiosos. A doce mocinha também afirma que, mais pessoas acreditam em dinossauros do que na Bíblia. “Dize-me com quem andas e te direi quem és”. O ex-noivo de Doda, Adam Darski, nem percebeu que o seu nome foi dado em homenagem ao primeiro homem criado por Deus, Adão, descrito no livro do Gênesis e em pleno show, rasgou um exemplar da Bíblia, em 2007. Porque ninguém contou para o coitado que o nome dele estava lá, assim evitaria que ele negasse o próprio nome?

Coisas como essa, acontecem dia após dia e muitos acham comum a expressão de ideias que agridem a outros como simples marketing. Porém essa insensatez é de se esperar. O mundo do Rock ao longo de sua história abriu uma vertente para o ocultismo camuflado e também aberto em determinados grupos, com letras que mostram total oposição ao que tantos consideram objeto do sagrado. Esperar impiedade do ímpio é óbvio, choca, mas ele dá apenas o que tem, pior faz os que deveriam ser santos e guardadores a Palavra, e não o fazem.

O que dizer das aulas de mestrado em teologia quando alguns “mestres” para chocar seus alunos e ver a reação deles jogam o exemplar da Bíblia na lata do lixo? Conseguem ver semelhança ou diferença?

Porque considerar culpada a pobre infeliz que não discerne da mão direita da esquerda, se Jonas faz pior?

Precisamos com urgência rever nossa crença sem nos deixar levar por ventos que surgem não se sabe de onde e nem tampouco para onde caminha. Não se pode desmistificar a fé do povo simplesmente apagando-a, faz-se necessário redireciona-la, plantado uma fé viva, genuína, no Filho de Deus e em Sua Palavra, que é viva e eficaz. Palavra que não caduca com o passar do tempo.

O que esperar do povo que anda errante, sem saber a quem seguir; se homens que foram chamados por Deus, e por isso mesmo receberam a “luz da revelação”, se deixam levar por ensinamentos de ímpios? Se eles alimentam as crendices do povo que põe a fé em coisas criadas e não no Criador. Se pensando que usaram o pano certo para fazerem o bom remendo, o fizeram com pano de chão, daqueles bem surrados? O povo de Deus que sempre foi respeitado, sendo considerado como um povo forte e não vendável está passando por dias difíceis nos vários grupos, sofrendo uma espécie de guerra civil devastadora.

Jesus no seu tempo arrastou multidões de modo simples, falando a verdade, sem alisar a cabeça de ninguém, repreendia com amor, defendia com unhas e dentes a casa onde seu Pai era adorado, respeitava a Palavra, pois ele próprio era o cumprimento dela, realizava milagres, orava, jejuava, cuidava do próximo, trazia vida e esperança aos mortos, física e espiritualmente; tudo para a glória de Deus. Pensando sobre tudo isto, com seriedade me responda, temos seguido os seus passos? Que evangelho nós seguimos hoje?

Ontem, estava escrevendo um texto e li em Marcos 3:9-12, “E, ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse, Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem. E os espíritos imundos vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus. E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem”. O texto deixa claro que Jesus não queria propaganda de si mesmo em out door, antes preferia que o povo cresse nele voluntariamente e assim decidisse segui-lo por amor, por fé, por entender que Ele esperança viva, o Ungido de Deus habitava entre os homens.

Só falta o cúmulo do absurdo, que hoje os demônios precisem usar a boca dos seus opressos para que os homens que se dizem de Deus tenham a revelação. O que se faz necessário para acordar das apelações que tem sido feitas?

Desperta tu que dormes e levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá”. Efésios 5:14

Há muita gente boa que tem compromisso verdadeiro com Deus, que está se descabelando para consertar a situação atual nas aberrações instituídas em Sua casa, e como método; adotam o outro extremo, negando veladamente as práticas ensinadas pelo próprio Jesus, como mencionamos acima. Instruir com verdade para construção de uma fé sólida é o objetivo, o crescimento o Espírito Santo que convence o homem, faz a seu tempo. Ele espera pacientemente por todos nós. Cada um tem o seu tempo de amadurecimento.

A casa de forma alguma pode estar dividida. Precisamos restaurá-la. Cada um torne-se responsável pela necessidade que vê. Se a casa ruir, o prejuízo é grande e não podemos nos iludir; de Deus, ninguém zomba, nem os de dentro, nem os de fora.

Deus tenha misericórdia de nós.

Denise Figueiredo Passos




sábado, 21 de janeiro de 2012

MISSÃO IMPOSSÍVEL...Em busca de um herói

Na última semana do ano passado eu e minha irmã Cátia, fomos saborear uma deliciosa pipoca, enquanto assistimos ao filme Missão Impossível, em lançamento tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu venho assistindo a série desde o tempo dos seriados para TV em preto e branco, que mais tarde foram produzidos em longa metragem. 
Nos filmes atuais, as missões continuam mais impossíveis, os algozes mais cruéis e os mocinhos mais hábeis. O filme que serve não apenas para desopilar o fí gado, mostra uma intensa ação do início ao fim, conduzindo o expectador com muita imaginação a um mundo virtual onde todas as conquistas são possíveis. Como em todo filme de ação, por instantes somos tentados a tomar o lugar do protagonista e nos achar fortes, lutando com braveza, sendo inabaláveis. Porém, quando voltamos à realidade e o mundo real desmorona sobre nós, nos tornamos medrosos como um gato que corre para baixo da cama, totalmente aterrorizado diante do perigo.


Nada parecidos com o mocinho que escala paredes como se fosse o Homem Aranha e pula barreiras como o gato de sete botas e, que talvez nos próximos lançamentos voe como o super-homem. Tudo é possível na missão impossível. Os machucados não doem, o desejo de vencer aos desafios é que impulsiona o herói que se conforma em viver aparentemente feliz, longe do amor da sua vida, pois tem uma grande missão a cumprir. Tudo acontece por uma boa causa, para proteger o mundo dos homens maus que querem destruí-lo.

Tudo é muito romântico, contudo vivemos num mundo real, e quando saímos porta a fora do cinema, à vida segue; onde gente como a gente, morre violentamente todos os dias e, o sangue que não é azul, derrama-se até a vida esvair. Os que não morrem, são prisioneiros de si mesmos, das suas paixões que lhes avassalam a vida. Os mendigos ainda vivem nas ruas, as crianças carentes vivem na sarjeta, abandonadas a própria sorte, os aposentados ainda morrem nas filas dos hospitais públicos, enquanto aguarda o precário atendimento, e onde a impunidade galopa veloz em direção contraria aos criminosos institucionalizados. Os cativos ainda estão presos na torre do inimigo, que tranquilamente descansa sabedor de que já não é acreditado como antes, portando não oferece perigo algum. Os heróis que anteriormente lutavam com braveza para resgatar os que andam em rumo certo para a morte, hoje barganham desavergonhadamente. Trocam os louros e os troféus do dever cumprido, por uma ninharia e na pior das hipóteses por um prato de lentilhas, que posteriormente vira dejeto.

Mudar o estabelecido nestes e em tantos outros fatos que deixei de relatar é uma verdadeira missão impossível. Onde estão os heróis? Que se levantem para lutar bravamente contra todo este tipo de coisa invisível que arruína o mundo visível.
Estou vivendo num país que valoriza os heróis e aprendi a admirá-los. O mundo sente falta de heróis de verdade, daqueles que se doam pelo outro, que se levantam em defesa do oprimido pelas grandes injustiças. Heróis que estão fora de moda por causa da vida agitada que atropela os sublimes ideais.

A Bíblia narra centenas de histórias de grandes e (aparentemente) pequenos heróis da fé. Lembro-me que na infância amava ouvir estas histórias, tanto na Escola Dominical, quanto por meus pais, ao me colocarem na cama à noite. Cresci ouvindo falar de um Deus Todo-Poderoso e experimentei na própria vida o quanto Ele detêm todo poder, quando me trouxe da morte para vida, aos seis anos de idade. Aquele homem que voava comigo a caminho da  morte, foi o meu herói. Meus pais que lutaram bravamente em oração, sem desistir de mim, foram meus heróis. 

A Bíblia fala de homens que no seu tempo, viveram bem perto do que hoje, o ator Tom Cruise vivendo Ethan Hunt no filme Missão impossível, viveu. Será que tudo o que o filme apresenta é tão impossível de acontecer em questão de tecnologia e destreza nos agentes especiais? Se não é, por que é mais fácil acreditar que estas novidades da tecnologia moderna, criadas pela inteligência humana são possíveis e, a destreza do Eterno Deus é conto da carochinha nos escritos bíblicos? Porque, tudo que se refere ao poder de Deus em fazer a sua “missão (im)possível” precisa ser apenas pano de fundo? Só porque vivemos esta época e nossos olhos veem e nossos ouvidos ouvem as notícias como vimos e ouvimos o longa-metragem, cremos que tudo isto é possível? Então Jesus disse: “Porque me viu você creu? Felizes são os que não viram e creram”. João 20:29
 Que venham os heróis! O mundo geme por eles. Pessoas comuns, com defeitos e qualidades, mas que em seu raio de ação se disponha em casa, no seio da família, nas ruas e avenidas dos bairros, nas comunidades, nas escolas e igrejas, que se sintam comissionadas a lutar pela verdade que Deus estabeleceu para a vida do homem que criou.

O mundo nunca precisou tanto de heróis como hoje. Muitos possuem um herói encubado dentro de si, que luta para romper o egoísmo. Pessoas olham a necessidade do semelhante, maneiam a cabeça, sentem uma grande pena, mas que ainda não evoluiu para compaixão. O mundo vai de mal a pior. Despertem, vençam a si mesmos, desvencilhem-se dos embaraços. O seu próximo o espera. Disponha-se antes que seja tarde demais, antes que a missão que é totalmente possível se torne mais difícil ou mesmo impossível.
Deus nos abencoe.

Denise F Passos

domingo, 8 de janeiro de 2012

Àquele que nos dá "esperança"


Esperança é palavra que está na boca do povo como dito corriqueiro, mas nem sempre na mente e no coração. Resume-se em “esperar com confiança o que se deseja”. Parece simples, mas por detrás desta palavra, há um mundo se suposições, mitos, enganos e verdades.
     A Mitologia grega nos conta que a “esperança” foi dada de presente de casamento á bela Pandora (e aí temos mais um presente de grego). A maravilhosa esperança junto a todos os males do mundo cabia numa caixinha, que para atrair a cobiça da bela jovem deve ter sido atraentemente adornada. A pobre esperança via-se perdida diante dos males que serviam para afligir corpo, alma e espírito e assim aterrorizar os homens de toda a terra, pelos séculos dos séculos. Tão vasta e inesgotável, porém, socada no fundo de uma caixinha. Inadvertidamente Pandora abriu a caixa e deixou escapar todos os males do mundo, mas a esperança permaneceu, ficou dentro. A primeira a entrar, mas, sempre a última a sair, fadada a chegar atrasada quando o caos se instala. Lamentável! Pobre esperança...

A Bíblia relata que após a queda o homem foi banido do Jardim do Éden e consequentemente da presença de Deus e, desorientado passou a andar errante segundo o desejo do seu coração. Como consequência do aumento populacional, a maldade despertada no homem também se multiplicava. O primeiro homicídio copulou o homem do mal que jazia apenas à porta. (Gn4:8) Os descendentes de Caim instauraram a primeira sociedade organizada com suas tendas, artefatos em bronze e objetos cortantes e, para o lazer inventaram instrumentos musicais. Parecia excelente, tudo correndo as mil maravilhas, o progresso chegando, isto, se a maldade não lastrasse como praga, corroendo a bondade, resquício do atributo divino no coração humano.

Lameque, da quinta geração após Caim, (Gn 4:23) ufanou-se para Ada e Zilá, suas mulheres, por ter matado um homem que o feriu e a um rapaz por tê-lo pisado. Quando a vida é banalizada, instala-se a barbaridade e sua tendência é aumentar, pois, sendo nutrida, dia após dia pelo descaso à consciência, torna-se como uma bola de neve que se agiganta através dos tempos. O que vemos na sociedade atual, não vem de agora, é coisa que permeia o coração humano desde que o mundo é mundo.

Quando a caixa de Pandora se abre pela segunda vez, deixa escapar deliberadamente a esperança até então aprisionada, que salta tão esfuziante do cárcere, causando um efeito contrário na humanidade, um estado de esperança letárgica se instala. Nada muda quando esta esperança se desvencilha do cativeiro. Os homens continuam a ser brinquedo nas mãos inescrupulosas dos deuses do Olimpo, sem esperança alguma de escape e de mudança. Prometeu ainda está preso e acorrentado e a águia gigante ainda come as suas vísceras todos os dias pela eternidade; enquanto Epitemeu  segue sendo enganado por Pandora, a linda mulher por quem é embasbacado. Nada muda nesta falsa esperança. Sem contar que existem várias versões para esta trama. Os fantoches estão no palco da epopeia grega, esperando quem tenha uma nova versão para eles encenarem.

Após a queda no Jardim do Éden, nasce à esperança, providencia divina para a humanidade. Sua missão é dizer ao homem que nem tudo está perdido, há um novo caminho a seguir. A esperança retorna o homem ao paraíso mesmo que momentaneamente. Retorna o homem a Deus, a Seu convívio, a Sua proteção, a Sua orientação, a Sua providência. E o que é o “paraíso”, senão, estar plenamente em Deus, na confiança de que os Seus cuidados sempre alcançam o esperançoso de fé. Fazendo o homem retornar a um estado de completa dependência e harmonia, a esperança premia quem a busca, mantendo-o em estado de graça e serenidade mesmo em meio às turbulências da vida. A independência de Deus que o homem tanto quis foi concedida - fato irrevogável. Agora só resta ao homem à esperança e, esta, só tem quem quer ter, quem luta por ela, quem luta para mantê-la a todo custo.

Qual é a real esperança para homem? O que Deus realmente quer com tudo isto? Quanto ao homem, ele quer viver eternamente, não entende e nem aceita a morte, certo? Deus não criou o homem para a morte. Ele quer que o homem, viva a vida, de modo a retornar para Ele, mesmo que seja através da morte. Ela é o mal necessário para que isto aconteça.

Na cabeça dos homens que talvez até amem a Deus, mas que não tem esta viva esperança, a verdade de Deus não passa de um conto da carochinha. Usam a cronologia, epistemologia, a arqueologia e outras tantas logias (que não retiro o seu valor) buscando na ciência o que se entende pela fé. Jesus, a esperança viva, que Deus deu de presente aos homens, se faz latente no coração de quem quer, é a chama que mantém viva a pessoa que nEle crê, com um tipo de vida abundante que muitos dos que se dizem seus discípulos, não possui.

O que Jesus ensinou repetidamente a seus discípulos e aos que o cercavam, não difere em nada do que a sábia esperança nos ensina hoje. Quando nos reportamos a História das civilizações, sempre regada em tanto sangue, pelo massacre promovido por quem teve sede de poder ou quis mostrar poderio subjugando povos e nações, força o homem a ver uma impotente esperança, mascarada de impossibilidades, de senões, que foge covardemente pra não ver o circo pegar fogo, que se esforça para tornar o eterno em perene, oferecendo soluções miraculosas imediatas embrulhadas em papel de seda e um belo laço de fitas, para omitir o conteúdo fétido. A distorção fica por conta das mentes malignamente pessimistas.  Pouco importa se o mito de Pandora foi criado por motivos políticos da época. O fato é - o que escapou daquela caixinha     continua influenciando negativamente a vida de muita gente que vive desesperançada.

À esperança que Deus proveu a Adão e que Jesus ensinou de forma tão objetiva, é a mesma e, até aqui continua vigente. Esperança que não caduca com o tempo, que se renova dia após dia. Afinal, “a esperança é a última que morre”, assim enfatiza o sábio dito. Se a perdermos, perdemos todas as chances, perdemos a mola mestra que nos impulsiona a viver a vida abundante, perdemos a essência. Então, nossos sonhos diluem-se e ficamos desnorteados e sem objetivos, nossa vida perde o sentido e o vazio toma conta. Tudo isto por uma simples razão, a esperança que traz a paz, é retida em nós, pela fé.
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:5
 Deus nos abençoe.
Denise Figueiredo Passos
    

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Onde tudo começa

O texto base da mensagem do culto da passagem do ano de 2011 para 2012 pelo meu cunhado Pr. Marcelo Rolney foi ll Samuel 12:16 a 20, e enquanto conversávamos a respeito foi crescendo a vontade de escrever sobre este assunto como primeira matéria do ano de 2012.

Davi estava apaixonado (obcecado?) e não mediu consequências para obter o motivo do seu afeto. Não bastava olhar, precisava possuir. Deus, como sempre, da corda aos que se acham capazes de andar com as próprias pernas e vão, mesmo que por algum tempo segundo a paixão do coração, assim fez com Davi.

Daquilo que foi primeiramente imposto a Bate-seba, nasceu um filho que aconteceu fora dos propósitos e, portanto, não poderia ter existido. A sentença de Deus parece ser cruel. O que tem a inocente criança a ver com o erro dos pais? Mas, como Deus é especialista em reverter em bênçãos às besteiras que fazemos da própria vida, sondou o coração de Davi e viu que havia muito amor e confiança o suficiente para ter seu pedido negado, já que este jejuou sete dias para que a criança não morresse.

Durante aqueles intermináveis sete dias de jejum, lamentações e oração uma grande cura foi sendo efetuada na alma de Davi. Houve um total quebrantamento do coração. Seu interior foi completamente desnudado para que não restasse resquício algum guardado que não fosse tratado naquela amarga situação. Interessante, que nestas situações Deus aproveita para nos tratar completamente, como um doente que vai ao hospital com uma grave enfermidade e os médicos checam tudo para ver onde está o foco do problema e assim tratar o doente por inteiro, para que o caso não piore, e de uma coisa aparentemente inofensiva não generalize por falta de tratamento adequado.

O tratamento começa na mente. Se vencermos a batalha mental, vencemos cinquenta por cento da guerra. Manter a mente cativa a Cristo em qualquer situação não é tarefa fácil. Há uma luta interior entre o que devemos fazer e o que é mais fácil de ser feito. Infelizmente, a maior parte das pessoas opta pela segunda opção e deixam seus ideais pelo meio do caminho, chutam literalmente o pau da barraca e tudo desmorona. Independente daquela situação Davi sabia o lugar que ocupava no coração de Deus, e isto estava gravado em sua mente e em seu coração. A autocomiseração não foi capaz de atingi-lo, porque a sua mente estava cativa ao Todo-Poderoso como a mente de Jó também esteve.

Intermináveis aqueles sete dias. Uma agonia enquanto esperava o veredicto de Deus. Mas, a resposta foi negativa. A criança morreu. Quantos de nós abandonaria a Deus, se tivesse uma resposta negativa da parte dele em algo tão sério? Se Deus dissesse a você: A criança vai morrer, é o meu decreto; qual seria a sua atitude? Não havia o que fazer, então porque Davi jejuou? No período de jejum, Davi entrou no justo juízo de Deus. Um lugar difícil de estar. Mas é o lugar onde todo aquele que deseja conhecer o coração de Deus, para ser segundo ele é, precisa estar. É neste lugar onde Deus nos desnuda, não para a nossa vergonha, mas para a nossa cura. Os véus que nos separam de Deus são inúmeros e tão espessos, que apenas um pouco da luz que deveria irradiar em nós consegue transparecer. Este não é o juízo da acusação, pelo contrário, é o juízo da redenção, que nos faz reconhecer o quanto precisamos da virtude dEle, para retornarmos a Sua semelhança e a Sua imagem. A criança precisou morrer. Qual é a criança (simbolicamente) que precisa morrer na nossa vida para nos tornarmos verdadeiros adoradores?

Quando a criança morreu, Davi surpreendeu a todos com a sua atitude. Uma sequencia de atitudes que deve ser observada. Levantou das cinzas, se lavou, se ungiu, mudou de roupas, entrou na casa do Senhor e adorou. ll Samuel 12:20

Davi aprendeu um grande segredo que o fez se manter segundo o coração de Deus. Ele conseguiu vencer todas as etapas para ser um adorador pleno.

Levantou-se das cinzas – Quando uma pessoa pranteava e jejuava era costume vestir-se com panos de saco (tecido rústico), sentar-se sobre as cinzas e colocar um pouco dela no alto da cabeça. Mas, há um tempo específico para as cinzas e as lamentações. Elas não podem nos acompanhar durante toda a vida, senão a sequidão delas nos corrói em vez de trazer o benefício específico a que ela se propõe. Só pode seguir em frente quem toma a atitude de levantar e sacudir as cinzas daquilo que está morto. Enquanto as cinzas nos acompanham, vozes de acusação do nosso adversário ecoam dentro de nós. Por isso um segundo passo se faz tão necessário.

Se lavou – Todo o resto de cinza precisava ser retirada. As cinzas tem um propósito e são necessárias por um período, mas precisam ser completamente retiradas de nós quando queremos avançar. Os resquícios de cinza nos fazem retornar ao pó de onde viemos e se não for completamente retirada à vida se torna um ciclo-vicioso. Não anda, nem para frente nem para traz. A lavagem da Palavra deve limpar completamente cada reentrância, até que tudo esteja limpo por completo.

Se ungiu – A Bíblia narra vários episódios onde a unção foi aplicada. Cada uma delas de forma específica em situações completamente diferentes uma da outra. Era comum antigamente, as pessoas esfregarem óleos aromáticos na pele. Assim elas se perfumavam para uma ocasião especial, preparando-se por completo. Depois de tantos dias esponjando-se na cinza, seria necessária uma reparação aos danos causados a pele. A água lavou as rachaduras produzidas pelo ressecamento das cinzas, agora o óleo vai hidratar e curar as pequenas fendas abertas por ele, deixando a pessoa ungida totalmente restaurada. Da mesma forma a Palavra e a Unção, devem vir em sequencia na vida de todos nós.

Mudou de roupas – Após a limpeza e restauração chegou a hora de nova roupagem. Panos de saco não combinam em nada com a forma especial de uma grande celebração. A velha roupagem deve ser trocada por novas. As roupas que devem estar limpas e sem rugas precisam estar adequadas à ocasião. E para chegar ao último passo nesta sequencia, um novo vestuário é fundamental. É necessário mudar, e mudar para melhor.

Aqui termina a primeira etapa. A preparação que deve ser feita na vida de um adorador.  “A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantados pelo Senhor, para que Ele seja glorificado. Isaías 61:3



O passo seguinte, importante como os demais fala de uma atitude ímpar.

Entrou na casa do Senhor - Como filhos de Deus ter a atitude de estar em Sua casa, é participar de toda intimidade e benefícios existentes do lugar. Davi descobriu que não existe lugar melhor no mundo do que estar em Sua presença.

Adorou – Um adorador não precisa de motivos lógicos para adorar. Adorar é predisposição ao ato e com a continuidade vira estilo de vida. Davi nasceu para ser um adorador e Deus o coroou perpetuamente.

Depois que adorou Davi voltou para casa disposto a recomeçar do zero. Sem lamúrias, sem chorar pelo ingrato passado, outra vez amou a Bate-seba e desta vez gerou a Salomão, e a Bíblia diz que o Senhor o amou. O homem mais sábio, mais rico, mais famoso, mais amado; foi o filho da adoração.

Para ser um adorador basta se predispor a ser. Adore em qualquer circunstancia. Não espere as coisas melhorarem, o céu ficar azul e todo estrelado, tudo dar certo, ter tempo sobrando, ficar mais velho, etc.

Lanço um desafio que tomei para mim assim que o recebi de alguém. O dia tem 24 horas, mas separe 5 minutos destas horas para adorar a Deus. Sem pedir nada, mantenha a sua mente totalmente ligada em Deus, dando glórias, dizendo o quanto o ama, e exaltando os seus atributos e, vai ver quanta diferença que fará em sua vida. Eu posso garantir. Estes 5 minutos parecem pouco, mas valerão mais do que as 23:55 minutos que você vai viver em torno de si mesmo.

Deus nos abençoe.

 Denise Figueiredo Passos