quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

EUREKA!!!


“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Lucas 15:8-10

A mulher da parábola tinha dez dracmas e estava satisfeita com elas. Era o suficiente para mantê-la estável. Ela vivia em equilíbrio consigo mesma, com o próximo e com Deus enquanto mantinha a sua riqueza bem guardada. A casa onde morava talvez tivesse vários compartimentos e com ampla possibilidade de esconderijo para o seu tesouro. Porém, num desastroso dia, uma das dracmas simplesmente sumiu. Ela poderia simplesmente sentar na sua confortável poltrona e chorar as mágoas. Chorar a perda de algo que lhe era tão valioso e que talvez tenha lhe custado anos de trabalho árduo. Talvez ela não reconquistasse a dracma perdida nunca mais.


A mulher perdeu a dracma dentro de casa. A porta estava bem guardada e mesmo assim a moeda estava perdida do lado de dentro. Quantas vezes nos preocupamos com a porta de entrada, por onde agentes externos podem entrar para trazer danos irreparáveis e não tomamos a devida cautela de ter o recinto do lar arrumado, limpo, organizado, com cada coisa no seu lugar? O inimigo que está fora da casa, influencia apenas de fora para dentro. Se as paredes são bem sólidas e a porta está reforçada, não há o que temer. Nós somos a casa espiritual onde Deus habita. E vez por outra precisamos limpar esta casa, varrer o lixo acumulado pelo tempo, sem coloca-lo em baixo do tapete, adotando a atitude correta de jogar o que não presta para mais nada na lixeira, que se mantêm fora da casa.


Esta mulher teve uma grande iniciativa. Em primeiríssimo lugar ela acende a candeia. Ninguém procura com certeza de achar, se estiver na escuridão. Escuridão é terreno das incertezas. Primeiro é necessário trazer luz as coisas que estão às escuras. E na verdade a escuridão só existe por causa da ausência de luz. Um simples raio de luz pode atravessar a escuridão e terminar num objeto. E a escuridão só pode ser medida de acordo com a intensidade de luz no ambiente. A escuridão precisa deixar o cenário quando a luz chega.


Se você pegar uma banana e uma lanterna devidamente coberta com papel celofane azul num local totalmente escuro, ao acender a lanterna, a banana se apresentará na cor preta e não amarela como é na verdade. O Hino da Harpa Cristã, intitulado “Nívea luz” descreve um rogo incessante da alma. O som da doce voz ainda ecoa em meus ouvidos e vai continuar enquanto eu viver.


“Jesus, eu almejo a pureza do céu, Tua linda presença no coração meu

Os ídolos quebro, me toma Jesus; Ó dá-me a pureza da nívea luz.

             Nívea luz, nívea luz, nívea luz, ó dá-me a pureza da nívea luz”.



Assim, a luz que mostra a realidade existente ao redor necessita além de ser trazida pelas ondas certas, não ter barreira alguma que a deturpe.


Quando a luz atinge um objeto pode acontecer um dos seguintes fenômenos:

Absorção – Os objetos que são bons condutores absorvem a energia, acumulam e repartem, isto é, conduzem a outros.

Reflexão – Os objetos que são incapazes de acumular e transmitir energia. Eles vibram ao receber a energia, mas ela é retornada para fora do objeto. É o efeito bate e volta. O efeito da luz não penetra profundamente no material.

Dispersão – A luz que incide sobre uma superfície grosseira é refletida em várias direções. Por isso mesmo pode ser visualizada de vários ângulos.

Refração – É o efeito de retenção da luz por alguns objetos. Um diamante ao receber a luz a retêm por mais tempo, por isso tem brilho intenso.


De que forma a luz de Cristo tem incidido em nossa vida? A lua não tem luz em si própria, mas reflete uma luminosidade majestosa. Temos absorvido, refletido, dispersado ou refratado a luz que precisamos para iluminar o mundo em travas?


Depois que a mulher teve o recinto de sua casa bem iluminado, começou a varrer. Cada canto foi vasculhado, tudo foi removido do lugar e ela não desistia do seu objetivo. Sua busca foi minuciosa, bastante detalhista em sua procura pelo objeto precioso. O texto enfatiza que ela procurou diligentemente, isto é tocou “faxina geral”. É comum faxinar uma casa uma vez por semana ou no máximo de quinze em quinze dias. Se passar disso, a sujeira acumula e fica mais difícil de limpar.  Quantas vezes nos preocupamos em faxinar a nossa casa interior onde Deus habita? Não apenas limpar, mas reciclar o que pode ser reaproveitado e deixar brilhando o tesouro adquirido. Os valores que acumulamos durante toda a vida são preciosíssimos e devem ser preservados a todo custo. Só numa situação de perda é que conseguimos descobrir o valor real destes tesouros.


A mulher não descansa enquanto não encontra o que está procurando. Desânimo é palavra que não existe em seu vocabulário. Os medrosos que desistem em meio às dificuldades são taxados como frouxos e perdem a festa de celebração à vida. O tempo pode ser um inimigo cruel para quem tem um objetivo a alcançar. Parece que nunca chega a sua vez. A casa do vizinho parece estar mais iluminada e em festa, enquanto a sua quase no apagar das luzes de um pobre candeeiro. Mas, ela não desiste.


De repente, quando menos se espera, EUREKA! Lá está, no canto da parede, camuflada entre a fenda de madeira do assoalho, a preciosa dracma. Ela não se conteve de felicidade, pulou de alegria, olhou a moeda e disse: "Você é minha, duas vezes, uma porque eu te conquistei e outra porque eu te resgatei". Contou as amigas e vizinhas que participaram da aflição na sua perda e as convocou para uma grande festa. Testemunhar é o mínimo que se deve fazer quando ocorre alguma conquista. O quanto você conquistou neste ano? Dois mil e doze foi um ano de perdas irreparáveis para mim, mesmo assim eu estou pronta a festejar, porque o tesouro maior que é Jesus; está bem guardado. Ele é a alegria da minha vida e este tesouro eu não perco. A luz continua iluminando e o tesouro está bem guardado dentro da ampla casa espiritual. Quando buscamos alegria nele e não em tudo que nos cerca a festa sempre acontece. E quando adotamos este posicionamento, com certeza os céus se alegram, pois a casa não precisa de fatores externos para estar feliz. O amor, a fé e a esperança; acompanhados de todos os seus derivados, estão lá, mantendo-a próspera para que os dias de festa sejam intermináveis.


Deus nos abençoe com um 2012 repleto conquistas e reconquistas.
Texto pregado em 04 de de dezembro de 2011 na Ass de Deus Shalom, em Lewes Delaware.

Grande abraço a todos.



Denise F Passos