segunda-feira, 29 de abril de 2013

CONFRONTANDO O ESPÍRITO DE JEZABEL – NA FAMÍLIA


Jeremias 6:16  afirma: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele, e achareis descanso para a vossa alma, mas eles disseram: Não andaremos”. Jeremias 6:16

Deus criou o homem e a mulher sob a benção da fertilidade, para deixarem de ser apenas um casal e formar uma família completa. A harmonia familiar é parte do projeto de Deus. O homem foi criado para viver em PAZ com Deus, consigo mesmo e com seu próximo. Resumindo, Deus o criou para ser FELIZ.

Este homem que vivia no paraíso de Deus estava acostumado à perfeição. Tudo funcionava às mil maravilhas naquele lugar. Nada negativo penetrava a vida daquele casal. Seus sentimentos eram exclusivamente de amor, em unidade aliada à liberdade plena. Isto é, não havia divisões, prisões, ódio e engano na dimensão humana, e tudo mais que os acompanha. Mesmo que o mal já existisse, não exercia domínio sobre eles e cabia ao homem rejeitá-lo, obedecendo ao que lhe foi ordenado por Deus. O pecado do homem fez com que se abrisse uma espécie de portal para a entrada “da morte e do inferno, do anti-Cristo e do espírito de Jezabel” na dimensão humana, entregando o domínio com que Deus lhe presenteara; tornando-se sujeito a influência do mal de forma direta.

Quando houve o primeiro homicídio, toda a preparação do cenário, desde os sentimentos que foram lançados na mente de Caim, bem como a maquinação do plano para a violência efetuada, foi induzida pelo espírito maligno, mas Caim “gerou” o mal quando o alimentou em sua mente e o “concebeu” quando permitiu descer ao coração e matou a seu irmão Abel. O homem é responsável pelas escolhas que faz; tanto boas, quanto más.

Veja bem, quando Deus criou a Adão e Eva, uma das coisas que lhes delegou foi autoridade: Dominai sobre... O mesmo Deus disse a Caim: O pecado jaz à porta, cabe a você dominá-lo. Sendo assim, cabe ao homem dizer “não”, pois foi criado, não para ser domínio do pecado e consequentemente da morte, mas sim para dominá-lo e para a vida, e vida eterna.

Este espírito trabalha de forma sorrateira, sondando suas possibilidades, formulando estratégias para se instalar no seio de uma família, de modo a se perpetuar nela. Entra nos lares e consequentemente acaba entrando nas igrejas. Mas, como isto acontece se batemos no peito dizendo que somos salvos, lavados e remidos e pelo sangue de Cristo? Você e eu damos a permissão, assinando uma procuração, dando direitos legais de usufruto ao nosso inimigo. Então você diz: Eu não assinei nada...

Vejamos. Você tem autoridade sobre a sua casa e a sua família. Só entra em sua casa quem você permite, certo? Só participa da intimidade do seu lar quem vai acrescentar de forma positiva, trazer paz, amizade... Porém, o mal entra em sua casa sorrateiramente, com sua permissão, para minar a mente dos seus filhos, ainda na fase de inocência. O trabalho pernicioso que é feito por determinados programas de televisão, filmes, livros, jogos, corrompem a mente e o coração, que passa a tender para outros caminhos nunca antes imaginados a seguir. Quando a pessoa acorda, se é que acorda, já acha normal o adultério, o amor livre, roubos, assassinatos, revanches, vingança, conhecimento obstinado, decepção consigo mesmo por não alcançar o modelo levado ao ar... Antes, tudo era muito discreto, o ataque era em forma de mensagem subliminar, como as mensagens da Disney que todos nós assistíamos com nossos filhos. Mas, hoje com a permissão concedida, a coisa está escancarada e o que era mal já virou bem, o que era errado está virando certo. A ciência diz que na natureza nada se cria tudo se transforma. Pelo visto na natureza humana também acontece da mesma forma.

Jezabel entra em sua casa e começa a modificar os costumes e tudo aquilo que você idealizou de bom para a sua família. Mas, tudo é feito com seu consentimento, pois o mal age na legalidade concedida, por isso dificilmente vai embora. Uma vez consentida e assinada à procuração desse usufruto, você perde o domínio.

“O usufruto, é um instrumento legal que deixa muita gente confusa. Uma pessoa tem a propriedade de um imóvel, outra tem a posse. Quem tem a posse – na linguagem jurídica, o usufrutuário – pode desfrutar do imóvel, isto é, morar, alugar, arrendar... Quem detém a propriedade – em termos legais, o nu-proprietário – não pode fazer nada”, pois concedeu o direito legal a outrem. Diário do Comércio.

Pense sobre isto: Pertencemos a Deus, mas passamos uma procuração contra nós mesmos e o fazemos para um inimigo cruel.

A igreja começa em casa. Quem dos leitores ainda preserva o costume de fazer culto doméstico, ensinando os filhos a orar agradecendo a proteção de Deus? Existe leitura diária da Bíblia em sua casa? Você ensina a seus filhos a amar a Deus e honrá-lo sobre todas as coisas? Sob quais princípios sua família é estruturada? Como será a vida dos futuros líderes da igreja tendo a geração vídeo-game casada com Barbie; sem fundamento sólido no aprendizado e vivencia da Palavra?    Família fraca – Igreja fraca

A carta de Tiatira descrita em Apocalipse 2:18, enviada ao anjo da igreja, isto é ao pastor da igreja, responsável diretamente pelo rebanho; descreve um serviço nota dez, com qualidades e sentimentos nobres e crescentes. “Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras: Apocalipse 2:19. Igreja equilibrada, praticamente perfeita. Mas, é apontada por Deus com um erro gravíssimo.

“Mas, tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria”. Apocalipse 2:20 Para evitar confrontos e vergonhas, às vezes nos acovardamos e determinadas situações crescem, saindo do controle. Rm 2:1 Esta dita profetiza estava levando ensinos malignos como se fossem verdade, para dentro das famílias e das igrejas e o pastor os tolerava. Hoje, Jezabel vem disfarçada de: modernidade, direitos sem deveres, revanches, heresias, conhecimento obstinado e mal direcionado, beleza sensual, vingança, encobrimento de erros, “cuidados” com os aparentemente desfavorecidos e decepcionados, falsos elogios, massagem de ego... Pasmem. Nós também a toleramos.

“Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição, mas não se arrependeu”. Ap 2:21  É tempo de buscar a santidade de Deus. “Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”. Josué 3:5 - Jezabel é especialista em distorcer a santificação. Ela diz: Os princípios bíblicos não condizem com a modernidade. Somos seres evoluídos e precisamos viver como tal. MENTIRA - ENGANO

E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, e serão quebradas como vaso de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã. Apocalipse 2:26 a28

A igreja de Tiatira recebeu mais promessas de Deus do que as outras e uma delas é “poder sobre as nações”, isto significa autoridade restaurada.
O nome Jezabel significa, descasada, sem coabitação. Ela não se submete a ninguém, portanto se insurge contra a autoridade estabelecida. Ela quer liderar e manipular. Ao pastor, foi concedida a autoridade sobre a igreja, portanto só ele pode expulsar a Jezabel - não tolerando; não comendo de seus sacrifícios e nem permitindo que seu povo os coma.

Queremos consertar a igreja, mas não a partir de nós mesmos e das nossas famílias, da nossa casa. O chefe da família também foi colocado como autoridade e precisa agir como tal. Nossa família precisa ser bênção, porque fazemos parte da família de Deus. O Todo-Poderoso não se conforma com uma parte de nós.

Sinais de áreas de atuação do espírito de Jezabel.
Quebra de comunicação - Um fala uma coisa e entende-se outra.
Comunhão - cada um trabalha para si mesmo; nada em comum, sem compartilhamento; falta de parceria e confiança, competição...
Ciúme descontrolado – Possessividade -
Traição – Mentiras e engano – Todo e qualquer de fingimento
Falta de perdão – Amor fingido – Insubordinação
Relação Sexual ilícita – Violência de todo tipo
Homem e mulher que não assumem seu papel
Todo tipo de idolatria – Criar desculpas para erros
Convertimento de mentiras em verdades, etc.

É tempo de se por nos caminhos e observar, e perguntar pelas veredas antigas e qual é o bom caminho, para andar nele. Só assim encontraremos o descanso tão procurado para a nossa alma.

Deus nos abençoe.

Denise Passos

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Já cingiu seu lombo?


A mensagem do culto de domingo passado, pregada pelo Pastor Marcelo Martins, na Shalom Pentecostal Church, em Delaware, baseada em I Pedro 1:13, “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo”. Aponta para a necessidade de cingir o entendimento com as verdades espirituais.

Cingir = cercar toda a volta e amarrar.

O povo antigo usava roupa larga, do tipo camisolão. E era incômodo para uma rápida locomoção, e seu trabalho. Por conta disso levantavam a barra e prendiam no cinto. Equivale ao nosso termo moderno: “arregaçar as mangas”, pois cingir os lombos dava o sentido de prontidão, de preparo para executar uma tarefa.

O termo é usado em várias passagens bíblicas. Em Efésios 6:14, cingir os lombos entra como parte integrante na armadura da fé. Vestimenta obrigatória a todo aquele que se propõe lutar a causa do Reino de Deus. Qualquer peca que falte, ocasiona vulnerabilidade. Por isso, a Bíblia que é o nosso manual de fé e prática, nos ensina em detalhes toda a estruturação do nosso ser de forma integral, em Deus.

O Apóstolo Pedro dá ênfase ao cingir os “lombos do entendimento” a fim de aprendermos a viver na graça, da graça e pela graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, nosso salvador. Fala de posicionamento do entendimento em Deus, que agirá como firmeza de estacas para coração. Pois, se esta firmeza não acorrer, tudo tende a descambar para os desvios, jeitinhos e heresias; já que “enganoso é o coração do homem, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá”? Jeremias 17:9

Esta mensagem deu início à série que estaremos trabalhando em nossa igreja, intitulada “Confrontando o espírito de Jezabel”.

Importância da campanha:

Existem três principados globais, isto é, três príncipes das trevas com autoridade universal, dentre os quais Jezabel é um deles. Quero esclarecer, que não se trata da rainha Jezabel, mas sim do espírito maligno a quem servia e que movia seu coração e seus atos diabólicos. E sob a influência deste principado, a grande maioria, para não dizer todos, está entregando de forma parcial ou total a condução de suas vidas.

O capítulo 47 do profeta Isaías, bem como Apocalipse 18, narram um pouco da maldade deste espírito que trabalha o “engano”, apresentando-se de forma camuflada, disfarçando-se com o único objetivo de enganar para aprisionar o entendimento e assim poder manipular.

O sentimento base em que este espírito atua é a decepção: com o passado, com a vida, com Deus, com a igreja, com o pastor, com o cônjuge, com os filhos... A lista de decepções na vida de uma pessoa pode ser quilométrica. E as decepções, são o campo onde suas fezes são depositadas para torna-lo fértil aos seus propósitos. É desta forma que este espírito destrói ou neutraliza, com impecável sutileza, famílias, ministérios e igrejas e, nossa voz que deveria soar em tom de adoração e louvor, às vezes chega diante de Deus como podridão, ocasionada pela química que permitimos acontecer em nós.

Acabe fez alianças para preservar seu reino. A lei dizia que o povo não podia se casar com estrangeiros, mas por um casamento de estado, ele se uniu a Jezabel, mulher cruel e maligna e que intermediou Israel na corrupção de práticas imorais sob pretextos religiosos. A Palavra de Deus é fonte de princípios que precisam ser observados e obedecidos, pois não caducam com o passar dos anos.

O texto de Jeremias 6:16  afirma: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele, e achareis descanso para a vossa alma, mas eles disseram: Não andaremos”. Se por nos caminhos, significa: Parar para ver o que é necessário observar. Sem observância, facilmente o rumo pode ser desviado. Uns poucos graus, ou metros, no final do caminho, a pessoa pode se achar em um lugar completamente diferente da rota estabelecida.

Minha irmã e seu marido empreenderam uma viagem e antes de sair colocaram o endereço do local desejado no GPS e entraram no carro despreocupados, andando tranquilamente, num dado momento o GPS falou em alto e bom som. You’re arrived in your destination. Você chegou ao seu destino. Quando perceberam, estavam dentro de um cemitério e o aparelho parecia zombar deles, You’re arrived in your destination! Motivo de sonoras gargalhadas.

Engraçado, não? Mas, a Bíblia afirma que há caminhos que aos olhos dos homens parecem ser bons, mas que o seu destino é destruição e morte. Da mesma forma, as pessoas empreendem caminhos de morte e andam despreocupadas com seu destino final, por não pararem a fim de observar e refletir sobre eles. O “sistema de morte” tem elaborado através de mentes brilhantes, porém, infernais, os caminhos subjetivos, isto é, que apresentam a verdade de modo torcida e retorcida, acrescida ou em falta. E nós passamos a admirá-las, tanto quanto seus ensinamentos mundanos, como se nossos pais não tivessem deixado lastro suficiente para demarcar o caminho a seguir. Ponha-se a olhar adiante e para os lados. Olhe para o céu. Informe-se, siga o bom Caminho e suas indicações celestiais. Deus não vai colocar você no Caminho, a atitude é sua.

Estamos vivendo dias difíceis. Quem poderia imaginar que em nossos dias, as famílias tivessem que sair em grandes passeatas, como ocorreu na França, simplesmente para defender sua existência. Os termos “pai, mãe e filhos” tendem a desaparecer dos documentos, para favorecer a minoria. Isto é modernismo justificável ou mentira pintada de verdade?

Jezabel entra e transforma os costumes, ensina o que lhe convêm de forma sedutora e é tolerada. E justamente pelo fato de ter o seu raio de ação nas famílias, seu ataque é para a destruição da mesma. O que realmente significa “moral e bons costumes”?

Esta é apenas a introdução. Nos tópicos das próximas sete semanas, abordaremos o seu raio de ação a começar da família, que é à base da igreja e da sociedade como um todo.

Ore, lute pela verdade. Você corre o risco de pensar que é um passarinho tentando apagar o incêndio numa floresta. Mas, se outros virem o seu gesto, se agregarão a você. E se por covardia ou cegueira não se agregarem, você continua e morre lutando pelo que é certo.
Deus nos abençoe.

Denise Passos

quinta-feira, 11 de abril de 2013

QUAL É A SUA?


Algumas vezes, eu me pego fazendo esta pergunta, cá com os meus botões. Fácil, é analisar a vida alheia, difícil, é enumerar as próprias dificuldades, analisar prós e contras, e tomar decisões sábias, que provoquem mudanças. Difícil é tomar atitude que provoque movimentação no céu, para socorro e solução, imediatos.

Há alguns domingos atrás, em nossa igreja, Shalom Pentecostal Church, em Delaware, nós oferecemos ao Senhor um excelente culto matutino. Visitou-nos o Bispo, Wanderley Santana, que nos trouxe uma simples, mas profunda reflexão, sobre a passagem do Evangelho de João capítulo 5, onde narra à história do paralítico de Bethesda.

Ele abordou alguns pontos interessantes, mas enquanto falava, minha cabeça fervilhava em ideias que me apressei a colocar no papel.

Aquele homem estava lá há cerca de trinta e oito anos. Pare pra pensar. Quanta coisa acontece em 38 anos? Quanta gente nasce e morre; quantos casamentos, formaturas e mudanças em geral. Ele acompanhou todas as transformações do lugar. Talvez a construção dos alpendres para melhor acomodação do povo que ali habitava e precisava de abrigo para o sol e as esporádicas chuvas, além do frio e orvalho noturnos. Na “casa da misericórdia”, havia outra série de coisas, tais como, alimento repartido ou mesmo doado, água, espaço, muitas histórias de doenças em comum... Apesar de não estarem em sua própria casa, os habitantes do lugar eram bem quistos e cuidados. Talvez, o “lugar da misericórdia”, tenha se tornado um bom negócio para muitos, e não era de interesse que terminasse. Em comparação, aquele lugar era como o Porto das Caixas, que se tornou famoso com o sangramento periódico da imagem.

O novato que chegasse a Bethesda era interpelado: De onde você vem? Qual é a sua doença? Mas, após responder ao questionário, outra serie de perguntas acontecia: Há quantos anos você está aqui? Será que isto aqui funciona mesmo? O movimento é tão bom assim? O protagonista da nossa história diria assim: Só eu, tenho trinta e oito anos que estou aqui rondando o poço; algumas vezes quase aconteceu, mas na hora H, outro mais rápido, mais antenado, pula primeiro na água, então, volto para o meu lugar...

Todos os necessitados de cura, daquela época iam ao poço de Bethesda, que significa “casa de misericórdia”. O mundo judaico da época experimentava um silêncio de Deus, que durou cerca de 400 anos, tempo este do surgimento das escolas filosóficas, na Grécia antiga, que interferia muito na estrutura cultural do povo. Mesmo assim, por causa da misericórdia divina, acreditava-se que um anjo agitava a água de tempos em tempos, trazendo cura. O anjo, para muitos, passou a ser motivo de culto e os doentes passaram a esperar por ele e nele. Àquelas pessoas, se acostumaram a viver da “misericórdia”. Sabe o que isto significa? Estagnação. Viver de “pena”. Acomodam-se em viver da misericórdia alheia e se julgam incapazes de andar com as próprias pernas. Ou vivem de ver movimentos aqui e ali, arranjados para ambientes públicos e, já não podem mais ouvir a voz do Pai em secreto, pois rejeitam fechar a porta do seu quarto para conversarem na intimidade com Deus.

O paralítico da nossa história pelo visto, fez a sua cama longe do poço e nunca chegava às águas, enquanto estas fervilhavam. Aquela “misericórdia” oferecida, não era capaz de transformar de vez a vida de todas as pessoas. Eles se acomodaram aquele tipo de misericórdia, quando Deus sempre tem mais e melhor a oferecer. “A acomodação a uma situação é a principal barreira construída por nós”.


Muitos “misericordiosos de carteirinha” descem ao poço, para supostamente ajudar aos que lá estão carentes de duas necessidades; levam conforto, amizade, alimentos, agasalho e uma infinidade de coisas, em solidariedade a dor do outro, isto é louvável; porém, sem nunca oferecer a opção de saída daquele lugar. “A misericórdia de Deus é oferecida como solução e não como paliativo”.

Oferecer a solução é um maior ato de misericórdia do ponto de vista divino, mas a nossa pouca fé, nos faz oferecer o poço de Bethesda, como paliativo para o resto da vida, usando a seguinte desculpa: Se tem que ser assim, que seja. O poço de Betesda é ruim? Não. Mas, ele deve ser uma exceção e não uma regra na vida do cristão.

Quando Jesus chega ao local, sonda o ambiente e caminha exatamente em direção aquele paralítico, fazendo-lhe a seguinte pergunta. Você quer ser curado? Notem que ele não respondeu, mas começou a enumerar as desculpas em que debruçou a vida nestes trinta e oito anos. Foi como se dissesse: Querer, eu quero, mas ninguém me ajuda. Porque ele não fez a sua cama mais perto do poço, para facilitar à descida as águas? Perto da fonte, existem mais probabilidades, certo?

Sou tentada a pensar que, na verdade, ele não queria ser curado. Acostumou-se aquele tipo de vida. Arrasta pra lá, arrasta pra cá; arrasta pra lá, arrasta pra cá. Isto, há trinta e oito anos. Notem, não são trinta e oito dias, nem trinta e oito semanas ou meses. É praticamente uma vida inteira, enxergando-se e sendo visto por outros como “coitadinho”.

Apesar da acomodação, aquele homem não desistiu, instalando-se de vez naquela situação. Havia uma veia de esperança, conduzindo-o a fé, latente em seu coração. Mesmo com a depressão de não ver nada acontecendo todos aqueles anos, de estar envelhecendo aos poucos e ver em cada dia as chances por uma ótica mais distante. De ver tantos que desciam ás águas à frente dele, deixando-o com os seus sonhos de liberdade para trás; para uma próxima oportunidade, quando os ventos lhe fossem favoráveis. Ele não desistiu.

Nesse momento de agonia, Jesus seguiu em direção a ele. A única informação que Jesus pediu, foi à confirmação de sua vontade. E a única resposta que esperava era: Sim, quero. Os nossos “mas, porém, todavia, entretanto”, é que atrapalham. O Mestre não se interessa em saber das nossas possibilidades humanas; se temos recursos, qual é o dia da semana para que o milagre aconteça. Se os fluidos estão bons, se há uma corrente positiva... Ele precisa apenas, saber o que queremos, mediante a fé que possuímos. “O tamanho do milagre é na medida da nossa fé”.

Deus nos abençoe.

Denise Passos

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

VIOLÊNCIA INAUGURDA

A palavra corrente no mundo é paz, sequida por respeito. O Nobel da Paz teve 231 candidaturas para 2012. A humanidade, nas várias partes do planeta tem sofrido por causa dos violentos abusos em todas as áreas, por agentes que insistem em causar constante terror. A história está de prova, quando narra à vergonha do jugo imposto pelo mais forte, sobre o mais fraco. Um homem achando-se superior a outro por causa da fútil arrogância. Antigas civilizações que eram consideradas pacíficas foram inteiramente dizimadas, por causa do orgulhoso, poder temporal dos “grandes” dominadores. O lema destes é arrasar para dominar. Não é atoa que até hoje é cantado pela boca do povo: tá dominado... tá dominado...

O frenesim - delírio frenético que está pouco a pouco dominando a massa; encontra desculpa na desigualdade social, na verdade, nasce de fatores psicológicos. Sem ter acesso ou noção da alo-análise (análise com ajuda de um psicanalista) e sem condições mínimas para a autoanálise (análise rebuscada de si próprio), indivíduos constroem como num edifício, os seus “eus psicológicos”, onde embasam as suas neuras, que causam defeitos psicológicos inumanos, indisciplina e violência que se generaliza como se fosse erva daninha. Enfrascam o que é bom e correto para manter a alma com aparência sadia, construindo a formação da consciência, mas com isto passam automaticamente a construir a inconsciência, que pode agravar em danos irreversíveis em sua totalidade; isto é, a insanidade.

O homem que vivia em paz, cercado de toda proteção no Éden, concluiu orientado por conselhos maléficos, que estaria bem melhor se vivesse as próprias custas, então rejeitou desde a paz, à vida eterna, com os quais foi premiado. Este homem não tinha noção que tanto a sua vida, quanto os seus atributos e o equilíbrio dos nobres sentimentos, irradiava do Pai das Luzes. E que o abandono de Deus traria consequências drásticas a futura humanidade. Assim como, para que ocorra o efeito dominó basta que a primeira peça seja derrubada, bastou um primeiro ato de violência para que se desencadeasse uma fria avalanche que empurrou a paz para fora da vida do homem.

O que precedeu a violência?
Em primeiríssimo lugar temos a campeã inveja, que precede a cobiça, desenvolvida por um desejo incontrolado, causado pela rebelião, desembocando na premeditação de planos malignos. Desta forma aconteceu a inauguração da violência no mundo. O irmão mais velho de Abel invejou a capacidade que ele teve em agradar a Deus. Abel teve por princípio, fazer Deus especial para a sua vida, por isso Lhe trouxe as primícias de um coração adorador. Caim arquitetou um plano para matá-lo e assim ficar como se diz na linguagem atual “dominando no pedaço”. Ledo engano. Ele acumulou brasa sobre a sua cabeça, ao construir o mal.

A marca que Deus deixou sobre ele foi à graça de não poder ser morto por ninguém e curtir a culpa do sangue inocente de seu irmão que gotejava das suas mãos, todos os dias; além do que, também o fez ver na vida dos seus descendentes; o mal que ele criou. “Ai! Ai dos que matam os Abéis! Ai dos que matam os puros de coração!

Por muito menos Jesus disse que se alguém fizesse tropeçar a um dos seus pequeninos (filhos), seria melhor que amarrasse uma pedra de moinho no pescoço e se lançasse no fundo do mar. Lucas 17:2.  Caim sobreviveu, como também sobrevivem muitos assassinos da vida alheia, mas a sua vida se tornou um inferno. Andou errante, sem paz. Este, faz parte do mesmo grupo dos que matam os sonhos, as oportunidades, os relacionamentos, as famílias, o ministério do outro, os que matam a voz do Atalaia... “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:14-15 Notem a sequencia que aponta o versículo.

O pecado sempre jaz a porta. Como um cão faminto, salivando, está à espreita, rondando corações ávidos a serem dominados pela consumação do pecado, não importando o motivo. Toda violência é uma decepção para Deus. O homem foi criado para viver em completa harmonia. Lameque, descendenete de Caim, orgulhou-se por ter matado um homem que esbarrou nele e também matado a um jovem que pisou em seu pé. (Gênesis 4:23) Dois motivos fúteis, contudo, sua mente era insana. Saibam que há gente assim, que se orgulha do mal que pode causar à vida de outra pessoa. Notem que nos versículos seguintes, a Bíblia relata que Sete veio substituir a Abel na pureza do seu coração, pois a partir dele se começou a invocar o nome do Senhor, o que deveria ter acontecido desde Abel. A Obra de Deus atrasa, mas não para, pelo fato dos Abéis serem mortos pela crueldade famigerada. Deus levanta Sete em seu lugar e nada fica sem realização.

Três grandes perigos para a vida de qualquer pessoa: cobiça; inveja e rebelião. Estes três caminham juntos e após serem permitidos na mente e concebidos no coração, tornam-se dominadores, ocasionando a morte; que nunca foi propósito de Deus para o homem que criou em amor.

Deus promove socorro para vítima de qualquer tipo de violência, com o despertamento de intercessores, compromissados com os interesses do Reino. Deus ainda levanta os bons-samaritanos, que passam pela estrada da nossa vida e que são especialistas em cuidados nas feridas da alma do próximo. Estes servidores sem-título; são doutores em promover restauração, mostrando que a vida pode ser refeita, não importando a situação vivida.

Assim a violência foi inaugurada; mas Deus, através de seu Filho, Jesus Cristo, veio trazer paz e restauração a humanidade que andava sem rumo nesta guerra atroz.

Deus nos abençoe com PAZ.

 Denise Figueiredo Passos   

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Expressão do AMOR


Há pouco mais de dois mil anos, uma adolescente chamada Maria, teve uma visão que a impactou. Ela foi escolhida para receber em seu ventre àquele que viria restaurar a Israel. Uma restauração diferente da que todos estavam esperando. Deus queria restaurar seu legado eterno, perdido pelo homem no Paraíso e não o temporal, de um governo humano, onde as fases de glória são passageiras, tornando-se apenas parte da história da humanidade. Para Deus, só serve, o que é eterno como ele é.

A gravidez precoce para uma jovem que tinha apenas um compromisso de noivado, isto é, um casamento amarrado pelas famílias, mas não consumado, seria morte certa. A moralidade da época não permitia que tal acontecesse. Maria experimentou dores que não podemos avaliar. Mais do que um misto de medo e coragem como só as mães as vésperas de um parto podem sentir. Havia uma luta no ar que ela podia perceber, mesmo que não a entendesse em profundidade. O responsável por revelar os mistérios espirituais desta guerra, ainda estava em seu abençoado ventre.

Uma luta em outra dimensão, pelo controle da vida e da morte. Céus e inferno se digladiavam, embora a aparência daquilo que podiam perceber fosse apenas a natural. O cenário compunha: a estalagem lotada de gente, a estrebaria lotada de animais, a manjedoura acolhedora e a estrela que apesar de distante, saiu de sua órbita habitual para brilhar mais intensamente sobre o entesourado lugar. Maria, José e o recém-nascido Jesus, descansavam tranquilos na segurança do pobre lugar. Os pastores deixaram seus rebanhos, maravilhados com o que viram e ouviram dos anjos, que em festa lhes anunciavam o nascimento do Salvador. Imagino o regozijo destes homens simples, que viviam o cuidado com as ovelhas e a conversa que iam tecendo ao descerem a Belém para conhecer o Salvador que tanto aguardavam. Os Reis Magos, que seguiram a estrela, trouxeram presentes para o novo Rei, que em vez de morar num palácio, achava-se na manjedoura; lugar onde é depositado o alimento para a sobrevivência. O Pão da Vida para saciar a sede de justiça.

Ouro, incenso e mirra, presentes de reis para o Rei. Tudo para celebrar o nascimento do Emanuel, Deus conosco. Isto me faz pensar a forma que celebramos o seu aniversário a cada ano, em dia 25 de dezembro.

Desde criança o natal sempre foi uma grande festa de família para nós. A casa era muito bem arrumada. Tudo feito de forma especial para esta celebração. A árvore de Natal bem ornamentada, luzes brilhando, presentes, convidados para a festa, especialmente os que não tinham uma família para esta celebração especial. A felicidade de ter a presença do aniversariante entre nós é que fazia a festa mais gostosa e não o saboroso cardápio servido.  

Aquele momento foi ímpar para Maria. O Filho do Altíssimo havia nascido e estava ali, com ela, fruto do amor de Deus pela humanidade. Maria nasceu para amar e sofrer por amor.

O choro de seu lindo bebê, que era acalentado em seu seio, nem de longe traduzia a vida de sofrimento que esperava a ambos. Numa troca de interrogações que ecoavam ao som do destino: Maria você tem noção de que deu a vida, ao ser, que um dia dará vida eterna a você? Quando ele crescer um pouco mais, vai correr e cair, ralar os joelhos e você irá cuidar de suas feridas, mas ele, um dia, vai poder curar todas as dores que se formarem em seu coração. Maria, você sabe que as pequenas mãos, que te afagam tão docemente e, você brinca de mordê-las, um dia, serão pregadas em uma cruz? Um dia ele será tão poderoso, que você vai dizer: façam tudo quanto ele ordenar. O corpo desta linda criança que você carrega em seus braços, um dia estará irreconhecivelmente dilacerado, para que você o sepulte. E assim, a dor do amor acompanhou a Maria durante toda a sua vida. Ninguém, por mais que tente, pode acrescentar honra alguma além da que lhe foi concedida por Deus. Ser mãe do Salvador da humanidade..


A fuga para o Egito, para uma mulher em seu período de resguardo deve ter sido muito dolorosa. Herodes queria matar o menino e ordenou uma chacina geral. Louco pelo poder, ele viu em Jesus uma ameaça ao seu reino. Até hoje homens se sentem ameaçados pela verdade que liberta e chacinam ficticiamente a vida de muitos, para que seus intentos sejam realizados. Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, veio para resgatar o homem da religiosidade da Lei, mas este homem insiste em manter-se nela. Insiste em manter-se no quadrado estabelecido pela insubordinação do seu coração.   O Príncipe da Paz veio para trazer paz ao homem que prefere viver em guerra com Deus, mesmo dizendo tê-lo em sua vida.

Não importa se não celebramos o Natal no dia certo do seu nascimento. Certas coisas Deus deixa uma incógnita proposital. O que importa é a mensagem Viva do Natal com uma semana de intervalo para a passagem do ano. Mensagem de esperança para um ano melhor, com novas esperanças. Esperança de ter O Cristo “presente e atuante”; nos próximos 365 dias. Não basta crer nele, a Bíblia diz que o diabo também crê e estremece diante de sua soberania. Ele quer fazer parte de nossa vida. Ser íntimo, para percorrer todo o nosso arquivo existencial e fazer novas todas as coisas. Jesus quer dar um sentido especial a nossa vida. Mas só pode fazer isto se habitar em nós.

Antes de Jesus, a glória de Deus era vista e sentida através de sinais. Hoje, a mesma glória é expressa através da nossa vida, quando decidimos viver nEle e para Ele. Amando um ao outro com amor fraternal; sem julgamentos. Lembrando que somos passíveis dos mesmos erros que o nosso próximo. Jesus fez uma colocação taxativa “O mundo vai conhecer que vocês são meus discípulos quando vocês se amarem mutuamente”.

É desta forma que a glória de Deus é expressa. “Quando amamos”. Porque se o amor é divino, só podemos amar com o amor que parte de Seu coração. Você e eu, somos a extensão deste amor na Terra, tão contaminada pelo ódio.

Desejo a você um 2013 cheio de amor e paz. Esta é a verdadeira prosperidade. O resto é resto. Ao limiar deste ano, faça uma introspectiva. Faça novos planos, novas metas para a sua vida. Mas, não se esqueça de incluir o Reino de Deus em primeiríssimo lugar. As coisas são subsequentes e acontecem à medida que damos a primazia a quem de direito. “Buscai o Reino de Deus em primeiro lugar e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”.

Esta é a receita mágica para a felicidade, tão buscada e pouco encontrada. Quando invertermos a sentença a vida fica sem sentido. Coisas, são irrisórias e passageiras. Busque o que é eterno, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.

Feliz 2013 com muita ALEGRIA e PAZ !!!

 Denise passos

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Você descansa?


Relendo o livro de Hebreus em meu devocional matutino, de forma particular me deleitei no capítulo 4. Compartilho algumas preciosidades da Palavra que me chamou a atenção.



O dia de tomada de posição é HOJE. V7

Temos a terrível mania de postergar o que é fundamental e nos perdemos no emaranhado de situações criadas daquilo que consideramos importante. O sábio ditado nos ensina “não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”. Se deixar para amanhã, a tomada de posição envelhece; caduca e não tem o mesmo valor. Perde o frescor da decisão imediata. Há quem decida fazer o que é correto no apagar das luzes da vida, quando corre o risco de não haver mais tempo para ser formado um novo coração. O povo hebreu após tantas provas da bondade de Deus, resolveu endurecer o coração de tal forma, que nomeou o lugar de sua ingratidão para com Deus - Massá e Meribá. Êxodo 17:7

Todo dia é HOJE em nossa vida. Amanhã será tarde demais.

O que é o descanso de Deus?

Deus criou o homem para viver sua humanidade em plena comunhão com ele. FATO. Isto é, vivo em seu espírito para total comunicação com Deus. A Criação foi perfeita. Corpo, alma e espírito interligados, trabalhando juntos para a preservação do ser criado a imagem e semelhança do Deus perfeito e eterno. Isto deveria acontecer de forma harmoniosa pelos séculos dos séculos, se a desobediência não quebrasse o elo da ligação perfeita entre alma e espírito, dentro do corpo.

Existe apenas uma única forma de restaurar por completo esta ruptura, pois é impossível colocar remendos ou condutores externos. Com a queda no período adâmico, houve uma ruptura na harmonia entre a alma e o espírito. Um total desequilíbrio que teve seu desfecho em morte, mas que em Cristo, pode e deve ser restaurado.

Por isso o verso 12 diz: “Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas”. Só a Palavra tem esse efeito Raio X em nós, revelando quem realmente somos.

A prestação de contas que fala o versículo 13 é o desassossego (se podemos assim chamar) de Deus em relação ao homem que ama e quer de volta para si. Lembro perfeitamente que quando eu dava faxina em minha casa, mudava coisas de lugar, colocava novos utensílios, trocava roupas sujas por limpas; trabalhava exaustivamente o dia inteiro e ao terminar, tomava um banho e sentava na sala saboreando uma xícara de café, apenas para observar cada detalhe do meu trabalho diário. Eu valorizava o esforço e o meu trabalho e tinha satisfação em ver o meu lugar perfeito e aconchegante, e descansava neste prazer. Semelhantemente, penso que Deus, assentado em seu trono, depois de ter trabalhado minuciosamente em cada detalhe da Criação (milhões de anos se passaram e os cientistas a cada dia descobrem novidades) ao ver tudo completo, tudo pronto para o homem habitar em seu descanso, teve um prazer enorme.

Nunca foi intensão de Deus que o homem prestasse contas dos “erros”.Eles não existiam, por isso errar não é humano, mas tornou-se humano. Antes, visitava-o ao entardecer para ter o prazer nos acertos e nas realizações; para se alegrar com o domínio que foi lhe entregue como dádiva e se orgulhar com os resultados.

Penso em como foi frustrante para Deus, ver a sua Criação desligada dele. Sem a seiva que mantêm a abundante vida. O homem abriu com alegria a porta das consequências; que o levaria a morte. O fruto da árvore que serve como pano de fundo para esta história verdadeira, nós o comemos todos os dias, quando desobedecemos desavergonhadamente a Deus, escolhendo a vida medíocre, tão distante do que ele planejou para nós. Em Seu poder absoluto, Deus Decretou escape para aquele que quiser reverter este quadro em sua vida. Através de Jesus Cristo, Seu Filho, vencedor das mesmas tentações e adversidades que eu e você enfrentamos todos os dias. É possível sim, retornar a liberdade e a autoridade vivida Éden; viver no descanso de Deus.

“Assim ainda resta para o povo de Deus um descanso, como o descanso de Deus no sétimo dia”. V9

Entrar no descanso de Deus é SER adorador, para ESTAR em plena comunhão com ele. E comunhão é “ele em nós e nós nele”.

Há descanso, quando Deus olha para nós e vê o homem interior fortalecido, como em seu propósito inicial.

Há descanso, quando Deus não necessita se irar conosco por causa das nossas sandices.

Há descanso, quando Deus olha e vê em nós a sua obra completada. Isto é, “Este me pertence em 100%”. Inteiro, ainda que imperfeito, por causa da malvada carne (alma) que intenta a todo instante separa-lo do meu amor.

Há descanso quando ouvimos a sua voz e não endurecemos o coração.

Há descanso quando nosso esforço é maior do que as tolas razões da alma.

Há descanso quando optamos em nos achegar ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia sempre que necessitarmos de ajuda.

Enfim, o descanso de Deus é infinitamente maior do que podemos presumir. Ele é mútuo. Ele em nós e nós nele. Este descanso nos leva a viver a experiência de uma relação de amor incondicional. É satisfação plena, intensa, de felicidade contínua. É estar guardado, livre das quatro paredes, grades e cadeados, apenas envolvido pelo amor que guarda e resguarda.

 Precisamos ter o cuidado de uma vez restaurado o descanso em Deus, não maculá-lo outra vez com a leviandade. Uma vez que recebemos pela fé a restauração do nosso homem interior, temos real entendimento, de que a nós foi dado não apenas o privilégio, como também a responsabilidade dessas verdades, portanto não seremos tidos por inocentes.

 
Que haja descanso de Deus para nossa alma, começando em vida.

Denise F passos

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

DESAFIO


                  
Setembro foi um mês ímpar para mim. Coisas diferentes têm acontecido e cada uma delas, muito especial. Algumas eu já compartilhei, porém o mais importante são os presentes que tenho recebido diariamente, de alguém muito especial. Em 23 de setembro eu estava no meu devocional, derramando-me perante o Senhor, num dos momentos mais lindos que passamos juntos, quando pedi que me falasse claramente em sua Palavra. Abri em Atos 1:3 “Depois do seu sofrimento, Jesus apresentou-se a eles e deu-lhes muitas provas indiscutíveis de que estava vivo. Apareceu-lhes por um período de quarenta dias falando-lhes acerca do Reino de Deus”.
 
Então, lancei um desafio a mim; num propósito para com Deus. Bem, se os 40 dias que os discípulos passaram com o Cristo ressurreto, foi tão impactante, de modo a prepará-los para a implantação do Reino de Deus na Terra, então eu vou orar para que durante 40 dias, todos os dias, o Senhor venha me visitar, trazendo algo que eu preciso, para chegar a ser o que o que Ele precisa no seu Reino. E assim tem acontecido, dia após dia; uma nova mensagem, uma repreensão, um conserto em alguma área, uma revelação...
“É o que diz Deus, o Senhor, aquele que criou o céu e o estendeu, que espalhou a terra e tudo o que dela procede, que dá fôlego aos seus moradores e vida aos que andam nela: Eu, o Senhor, o chamei em retidão; segurarei firme a sua mão. Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão. Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor”. Isaías 42:5 a 8
O Deus Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, cada uma segundo a sua ordem; criou os céus e depois os estendeu e isto me faz lembrar, da descoberta científica das 500 milhões de galáxias existentes no universo e, a nossa Via Láctea é apenas um pontinho, nesta imensidão. O fôlego para sobrevivermos, vem do sopro dos seus lábios que gera a vida e a encrusta em nós. O propósito de Deus é que o homem viva abundantemente; para isto foi criado.
O profeta Isaías fala do Messias com muita propriedade, quando o define, quando aborda o trabalho a ser realizado por ele, quanto relata acontecimentos futuros. E justamente entre as 500 milhões de galáxias, o Salvador nasceu entre nós, para viver a nossa vida e morrer a nossa morte, a fim de nos resgatar para Deus.
A retidão do homem Jesus, que estava seguro pela mão do Pai, trouxe aos judeus a mediação, entre eles e o Deus de quem tanto haviam se afastado. Um mediador promove a paz entre as partes. Jesus na condição de mediador despiu-se de sua glória, tornando a si próprio canal de comunicação para eleva-los a condição de filhos. Emanuel “Deus Conosco”. Para nós, os gentios, (gentio - era considerado, todo aquele que não fosse judeu - pelos homens e não pelo Deus criador, pois este proveu grande salvação para todos os povos) foi uma luz que iluminou o caminho onde deveríamos andar em direção do Deus Eterno. Os gentios não tiveram a revelação, então precisavam da clareza da luz que revela as trevas em que estavam andando. Jesus, o Messias foi o enviado de Deus como, mediador e luz, para todos os povos, tribos e nações, sem preferências. Assim como a morte é justa, no sentido de igualar a todo o ser humano, pois todos pecaram e da mesma forma descem ao pó; a vida em Cristo é justiça que nos iguala em estatura, na condição de varão perfeito.
O trabalho de libertação do Enviado de Deus foi bem definido no comentário do profeta Isaías. Nós englobamos a todos numa mesma situação, porém, o profeta em sua revelação, os distingue em três diferentes categorias:
...Abrir os olhos aos cegos...
O ditado popular diz que, o pior cego é aquele que não quer ver. Um cego tem deficiência visual, mas desenvolve bem outros sentidos. Um cego normalmente ouve muito bem, tem a sensibilidade aguçada sendo capaz de perceber os detalhes do ambiente onde está e, é livre para ir onde quiser, mesmo não podendo enxergar. O cego usa o tato para suprir a deficiência visual, portanto enxerga com as pontas dos dedos, pois não vê a luz. O cego é aquele que ouve a palavra, às vezes a conhece profundamente ou de forma deficiente, mas não enxerga a LUZ da revelação, capaz de indicar o Caminho. Se um cego der algumas voltas em seu corpo, perde totalmente a noção de onde está e não sabe que direção tomar. Está perdido, desorientado, sem direcionamento, portanto suas metas, inalcançáveis; enquanto tateia de acordo com os sons ouvidos, sem saber de onde vem e quem os está sussurrando, ele vai, em várias direções, na esperança de encontrar segurança.
Muitos cegos (espirituais) começam com uma simples miopia, mas não procuram tratamento adequado. A cada vez que seus ouvidos são aguçados em direção contrária a LUZ que ilumina o Caminho, a visão encurta. Na ilusão de enxergar, muitos teimam em guiar outros cegos, como disse Jesus.
 
...para libertar da prisão os cativos...
Esta categoria enxerga a luz, ouve, entende, crê, é ativa no serviço a Deus, mas está presa a situações, tais como: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes, (Gálatas 5:19-21) justamente pela deficiência da não produção do Fruto do Espírito, que é antídoto contra as obras da carne.
 
Estão, na maioria das vezes, dentro da casa de Deus, mas ainda cativas em alguma área de sua vida que as empurra a prisão. Então, elas não conseguem viver um cristianismo saudável, eficaz, produtivo, pois constroem com uma das mãos e destroem com a outra. Muitos dos que se encontram cativos, negaram a revelação do senhor, que mantêm o homem livre como no estado inicial, do Éden. A liberdade em Cristo é real, foi conquistada para nós e deve ser vivida dia a dia. Porém, os encarcerados, vivem apenas o cristianismo do Jesus histórico. Vivem o cristianismo de um Cristo, cujo poder morreu com ele, deixando sua igreja a deriva, a mercê do inferno. Estão algemados, portanto não conseguem mais se alimentar da Palavra, não conseguem entender que “... Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens. (Efésios 4:8) Os dons, tão mal usados e menosprezado por muitos, é parte do tesouro concedido a Igreja, que a equipa, para empreender a libertação dos cativos; porque o Senhor da Igreja, já levou cativo o cativeiro. Isto é, já está disponível, mas eu e você, precisamos fazer uso da armadura da fé, ir a prisão e, retirá-los de lá.
 
Os que estão no calabouço...  São os sentenciados a morte.
Os que estão em calabouços são os que passaram pelas algemas e não conseguiram se libertar das tendências da iniquidade de seus pais. Não rejeitaram esta atuação em sua vida. Antes, as praticaram do mesmo modo, ou de forma pior, tornando-se escravos delas. Depois que se fazem escravos, tornam tais tendências em verdade, ensinando-as a outros como conduta correta. O calabouço é o lugar mais baixo de uma fortaleza, pouca iluminação ou iluminada artificialmente. A guarda de um calabouço é a mais cruel e atormentadora de que se tem notícia. São vigiados dia e noite. Muitos estão sendo atormentados espiritualmente e não tem a mínima noção disto. “E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade deles está presa”. II Timóteo 2:26
“Os seus adversários têm sido feitos chefes, os seus inimigos prosperam; porque o SENHOR a afligiu, por causa da multidão das suas transgressões; os seus filhinhos foram para o cativeiro na frente do adversário”. Lamentações 1:5... Passei as vistas em uma pesquisa da estudante de psicologia da PUC de Minas Gerais, com um título bastante interessante “Pais encarcerados = Filhos invisíveis”. Isso vale também para os pais que estão algemados, espiritualmente falando. Seu modo de vida conduz os filhos ao mesmo tipo de aprisionamento. “Meu coração chora esta dor”. Quem deveria ser autoridade, para guardar e resguardar, já não pode mais fazê-lo.
“Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”. (Salmos 68:6) Há uma diferença entre o termo “rebelde e revolucionário”. Normalmente os revolucionários ostentam uma causa nobre, ao contrário do rebelde que segue a causa que lhe favorece.
Todo o capítulo 2 de II Pedro, narra a respeito dos que disseminam heresias entre o povo. Uma vez libertos, voltam atrás e o seu último estágio é pior do que o primeiro; prometem uma liberdade que não tem, pois se tornaram escravos das palavras que proferiram, pois o homem é escravo daquilo que o domina.
Escrevo com peso no coração, pois quando assisto situações dos que estão cegos, algemados e em calabouços, entendo que o desejo de libertação precisa ser maior do que a situação, mas a arrogância não os deixa perceber o real estado em que se encontram. Todos nós temos algum tipo de aprisionamento, precisamos nos ajudar. A humildade em reconhecer a necessidade, é o primeiro passo para a libertação.
Nos três anos de ministério, Jesus operou grandes milagres. E uma grande multidão o cercou de perto para ver estas maravilhas. Após a sua morte e ressurreição, passou a apresentar-se vivo entre os discípulos. A multidão já não estava mais presente. Os que antes apenas esbarravam no Mestre, já não podiam estar com o Cristo ressurreto. Este pertencia aos que se faziam apóstolos e discípulos. (Eu neles e eles em Mim) Faça parte deste grupo. Faça parte dos que estiveram nos quarenta dias convivendo com o Cristo ressurreto. O número 40 significa “mudança - preparação para algo novo que vai chegar”. Então não se contente com o modo de vida atual; com o aprisionamento que porventura esteja cerceando os seus passos. Jesus Cristo veio pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor. “Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade, e soltará os meus (que estão) cativos, não por preço nem por presente, diz o SENHOR dos Exércitos”. Isaías 45:13
 
A liberdade em Cristo é real e necessária, para vivermos o cristianismo proposto por Jesus e, não o que montamos com ideias próprias ou infernais. Sabiamente o apóstolo Paulo aconselha que examinemos a nós mesmos, a nossa vida, os nossos pensamentos, as nossas atitudes, para não sermos condenados com o mundo, isto é, para não voltarmos a fazer parte da multidão; daqueles que apenas esbarram no Mestre. Nós quanto Igreja Viva, precisamos olhar com misericórdia, estar equipados e usar estratégias corretas para libertação dos opressos. Para isto fomos convocados.

Deus nos abençoe com visão ampliada e liberdade.

Denise F Passos