quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aniversário do meu blog “De bem com a vida”

Descobri que gosto de escrever e isto tem feito um bem enorme a mim. Tenho satisfação em saber que, de alguma forma estou sendo útil a outras pessoas. Meus seguidores tem encontrado dificuldade de postar comentário no blog, mas me enviam e-mail e notas no facebook. Sempre que eu enviava meus textos a meu pastor para revisão e ajuda teológica, ele me incentivava a continuar escrevendo. Dizendo que eu precisava praticar, sugeria temas ou me passava versículos bíblicos para desenvolver pregações. Um belo dia, ele me disse que eu precisava criar um blog para postar o meu trabalho e assim o fiz, sozinha criei um blog muito simples, mas eficaz no seu propósito. Agradeço a Deus e ao Reverendo Paulo Cesar Lima esta excelente ideia. Deus o abençoe grandemente.


Também não posso deixar de agradecer o incentivo recebido da amiga Catia que mesmo estando no Japão, do outro lado do mundo me da muita força para continuar. Agradeço também ao meu grande amigo Jorge Luiz que como se diz em inglês, make me up com as temáticas atuais para o meu blog. A querida Mirian, amiga da Ilha do Governador que muito me incentivou nos longos bate-papos. As minhas queridas filhas que tanto se orgulham de mim, o meu muito obrigado.


Por causa das dificuldades da minha vida neste último ano, não produzi como gostaria, mas aqui estou eu, retomando o segundo ano do blog, pedindo mais inspiração ao Dono de todas as coisas, afinal, nenhuma dificuldade pode parar uma pessoa que decidiu ser “de bem com a vida”.

A data para a criação do blog, não poderia ter sido melhor. O dia nacional de ação de graças, onde o país em que vivo, num feriado nacional, para completamente e, as famílias se reúnem para agradecer pelas bênçãos recebidas. Quem quiser pode conferir a postagem de novembro do ano passado, é interessante saber um pouco da história.

Celebrar esta data me fez repensar no quanto somos ingratos. Coisas que acontecem de forma natural, aquelas do dia a dia que passam despercebidas pela maioria da humanidade, aquilo que já foi pré-estabelecido e que todo ser humano desfruta, mas é incapaz de ser agradecido. A forma como o universo funciona perfeitamente e o modo como nos encaixamos nele, de sermos parte desta engrenagem mesmo sem perceber, a provisão para que o homem tenha tudo o que precisa para viver uma vida feliz e produtiva, pois Deus colocou equilíbrio em tudo que criou.

No dia três de fevereiro de 1999 viemos para os Estados Unidos com toda a família e esta foi uma experiência que marcou para sempre a nossa vida. Tudo era novidade, desde a casa, os amigos até a nova igreja; o que era novo nos enchia de expectativas para o futuro promissor na nova terra. Agora, minhas filhas e eu estudando inglês como resposta de oração; mobilhando o apartamento; aprendendo a cultura e a utilizar as bênçãos da nova terra, expandindo o círculo de amizade; tudo corria as mil maravilhas, quando no dia 31 de março do mesmo ano recebi a notícia do falecimento do meu pai. Nossa família sempre foi muito unida e os fortes laços de amor que cultivamos nos mantinham muito próximos.  Quando meu pai enfermou, eu pedi a Deus que não o deixasse inválido, vegetando em cima de uma cama. Em minha oração eu disse a Deus que, como companheira de meu pai na jornada cristã; caminhei muitas vezes para visitas aos membros; subi morros para os cultos ao ar livre, nas grandes reuniões de convenção de ministros eu fui ajudadora dele, aprendi com ele a dar o melhor da minha vida, para Deus. E preferia sinceramente que Ele o levasse para Si em vez de deixa-lo inválido, não ele.

Deus me atendeu, e agora eu não podia reclamar de nada. Foi então quando Deus em ensinou o caminho da gratidão. Desde aquele dia, todas as vezes que a saudade bate, eu paro para agradecer. O pai amoroso, o pastor exemplar, o amigo presente, o grande conciliador que marcou a vida de todos que cruzaram a sua existência. Outro dia estávamos contando o número de pastores que ele formou e perdemos a conta. Ele foi pastor da mesma igreja por mais de 30 anos e ali eu e meus irmãos fomos criados como numa grande família. Um homem simples que tinha apenas o primeiro grau completo, formou homens que hoje são mestres e ocupam cargos importantes.

Mas, como tudo na vida, este tempo passou. Porém, as lembranças daquele tempo maravilhoso estão bem vivas dentro de mim. E se eu passar a vida me lamentando pelas perdas não vou viver o que de bom ficou na memória. A capacidade de registrar fatos ocorridos é uma bênção que devemos saber aproveitar. Trazer a mente àquilo que nos dá esperança e acrescentar ação de graças por elas existirem, é meio caminho para viver uma vida vitoriosa. Hoje, as doces lembranças que ficaram, dos áureos tempos que vivi em amor e alegria, me impulsionam a lutar e a continuar sendo feliz para andar sempre e sempre de bem com a vida.

É muito difícil agradecer pelas perdas, mas são elas que nos fazem crescer. Sempre que lutamos para reverter uma situação indesejada, nos tornamos mais fortes e cada vez mais preparados para os embates da vida, dos quais ninguém pode fugir. Assim, vivemos na esperança de dias melhores que com certeza virão, pois a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. E contra ela, não há inferno que resista.

Hoje é o dia de celebração de ação de graças, mas que a gratidão não seja apenas anual e sim um alimento diário para fortalecer a alma. Com homem interior fortalecido a vida fica mais fácil de ser vivida, mesmo em momentos da agonia em que não se sabe que rumo tomar. Ser agradecido é o único caminho para não se tornar uma pessoa amarga.
Muito obrigado Deus. Louvado seja o Teu Nome! 

 Denise Figueiredo Passos

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Maldade em dobro

Eu fui uma criança muito peralta, mas aprendi muito com os erros que cometi, por isso tenho me mantido em equilíbrio para viver uma vida feliz. Certo dia minha família e eu fomos visitar a querida tia Dalva, que morava em Jacarepaguá, cuja casa ao lado era da sogra de sua filha mais velha e pelos laços de amizade podíamos usar a grande piscina de sua casa. Neste ensolarado dia fomos com uns amigos da igreja e teria sido maravilhosamente aproveitado se a piscina não estivesse tão suja. Começaram a encher e não terminaram, portanto os produtos necessários para manter a flora bacteriana em níveis seguros não foram adicionados. A água estava completamente verde pelas algas que se formaram, faltavam apenas alguns girinos se desenvolvendo naquele lugar para que o aspecto de pântano se completasse.

Eu não pude me conter. Vocês acham que eu sairia da minha casa, com mil planos de diversão, levando comigo os amigos e irmãos e não colocaria nem os pés na água pelo fato de estar suja. Não eu. Desci a escada e comecei a andar na água que dava acima dos joelhos. Cerca de vinte minutos foi o suficiente para me dar por satisfeita, afinal eu fui à piscina. No dia seguinte amanheci com febre de quarenta graus que só me deixou depois de alguns dias de antibióticos.

Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas. Jeremias 2:13

Porque o meu povo fez duas maldades:
Uma pessoa antes de fazer mal a qualquer outra, faz a si mesma. O mal que supostamente fazemos a outros é apenas a ponta do iceberg. O interior, a parte que ninguém vê já está totalmente corroído por sentimentos inapropriados. Por isso Deus disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar. Gênesis 4:6-7

O primeiro mal de pessoa que conhece a Deus, que é amante da Sua Palavra e que já viveu uma relação de amor em toda potencialidade possível a um ser em sua plena humanidade, é deixar o Senhor. Basta um instante de ruptura para desencadear uma série de transtornos e prisões que acompanharão a infeliz pessoa para o resto da vida. Os divãs dos mais renomados profissionais serão incapazes de libertar quem algum dia viveu o amor de Deus em sua plenitude e tornou-se vazia ou apodreceu. Deixar o Senhor é morte certa. Uma pessoa disposta a deixar Deus usa as mais esfarrapadas desculpas como base a sua decisão. Incapaz de se resolver dentro de situações, culpa outras pessoas que estão no mesmo barco pelo rumo decidido. O primeiro sintoma é a ruptura com a igreja. A pessoa acha-se inculpável diante de tantas almas supostamente fétidas que estão ao redor, justamente por reconhecerem que estão necessitadas de cura, senão estariam de vez do lado de fora. A cura começa quando o doente reconhece a doença e sente a necessidade de estar são. E para ficar são é necessário estar dentro. Dentro não de quatro paredes ou de uma instituição, mas permanecendo igreja viva de Cristo.  

O evangelho de facilidades conduz a pessoa que não se adequa mais ao grupo, a sentir-se resignado em cavar uma cisterna para juntar água à sobrevivência espiritual. Nos lugares onde há pouca chuva, principalmente nas fazendas usa-se o sistema de guardar tudo que a natureza oferece para os dias de escassez. O telhado dos celeiros e das casas é preparado para conduzir por canaletas, toda a água derramada pelas chuvas de verão. Mas, o que ocorre é que junto com a água toda a sujeira do telhado também é canalizada. Todos os insetos mortos, bem como as fezes dos pássaros que usam os beirais das canaletas como trono, o lodo e ferrugem acumulados e todo resto de folhas e plumagem trazidas pelo vento, vão justamente parar na grande cisterna construída pelo homem.

Uma cisterna não é confiável, ela não enche por si própria, depende das possibilidades. A intensão em construir a cisterna é boa, mas o ditado popular diz que, de boas intensões o inferno está cheio. Depois de chover intensamente toda sujeira dos telhados e dos canos é limpa e depositada na cisterna. A água fica ali parada e aos poucos vai estagnando. Alguns usam colocar um filtro de trapo na ponta da caneleta para coar a sujeira maior a fim de dar um aspecto melhor à água. A sujeira visível é retirada, porém os microrganismos presentes escoam e proliferam-se invisivelmente, de forma velada e acelerada e quando são revelados em forma de lodo e formação de nocivas algas, serve apenas de habitat para larvas, sapos e lagartixas.

Este é o primeiro tipo de cisterna que Deus cita no versículo. Fala do que o homem constrói para si e para outros homens com a sabedoria humana sem orientação do Espírito Santo, sem respaldo em Sua Palavra. Homens distantes de Deus guiando outros homens para longe da Sua presença. Pensando estar dentro, mas estão fora, bebendo e oferecendo a outros toda a sujeira que projetaram em suas cisternas. 
   
As cisternas rotas também recebem a água da chuva, mas diferente da primeira, há fendas por onde a água acumulada se esvai. Todo esforço para manter a água no nível desejado é nulo por causa das fendas que tem a tendência de aumentar com a erosão. Num esforço inútil buscam encher estas cisternas com avivamentos e reavivamentos programados em agendas, a fanerose que parece ter evoluído da brincadeira infantil ”cai cai balão, cai cai balão, aqui na minha mão” num macabro êxtase em massa, em distorções que se agigantam enquanto os líderes continuam fazendo acordos políticos revoltantes, aprisionando a mentalidade do povo desprovido de conhecimento, na fábrica de ídolos que deixou os montes para andar no meio do povo.

O Deus vivo é o manancial de águas vivas para quem quer se manter vivo e saldável espiritualmente falando.  A primeira evidencia da atuação do Espírito Santo é o fato de uma pessoa totalmente descrente crer na Palavra. A Palavra é água viva que lava e purifica. E quando nos afastamos dela seja pelo motivo que for, afastamo-nos do manancial.

Quando Jesus conversou com a mulher samaritana, ofereceu-lhe esta fonte inesgotável. Fonte que nunca mais a faria ter sede na alma e, fonte que a faria saltar para vida eterna. Esta fonte brota da rocha, onde os parasitas e a sujeira não chegam, portanto é pura. Nenhuma contaminação a alcança. Cristalina, ela vem do lugar profundo e brota, jorra incessantemente, trazendo vida a quem dela quiser desfrutar. Este manancial não depende do homem para acontecer. Diferente das cisternas que só acontecem por causa do homem. Com a sabedoria do homem que foi dada por Deus, sim, mas deturpada pelo afastamento dele.

O caminho de volta ao manancial é longo, pois toda a sujeira entranhada precisa ser purificada. Mas, o único caminho é o retorno à fé que conduz a fonte purificadora. Não há como se auto esterilizar, é necessário à lavagem pela palavra viva. E este é um trabalho diário do Espírito Santo que sabe tudo o que precisamos para chegar a ser o que Deus espera de nós.

Esta postagem foi baseada no texto usado pelo meu cunhado Pr. Marcelo Rolney Martins em sua pregação, Nashua, New Hampshire.

Deus nos abençoe. “O Senhor te guará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. Isaías 58:11

Denise Figueiredo Passos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Reforma Protestante ou Halloween?

Hoje, 31 de outubro, um dia comum como outros, mas a data vem sendo disseminada em várias partes do planeta como celebração do Halloween. Uma festa demoníaca, que muitos cristãos vêm adotando como comportamento de vida. Parece simples brincadeira de carnaval como acontece no Brasil; todos se fantasiam e curtem à vontade. As fantasias também fazem parte desta festa, cujos fantasiados representam os maus espíritos que precisam ser acalmados com presentes. Os doces que são oferecidos, atuam como uma especie de aliança de paz. As crianças fantasiadas, batem as portas e quando lhes é oferecido muitos doces eles saúdam com benção, mas se não lhes é oferecido nada, rogam uma "praga". Tudo muito inocente e celebrativo no aniversário da bruxa, é claro! Enquanto a brincadeira rola nas ruas, clubes e nas casas, simultaneamente, a vida de muitas pessoas está sendo sacrificada em rituais ocultistas, pois este dia é uma das datas principais em suas celebracões no reino das trevas.

A malignidade disfarçada, cega.  O povo esquece que por traz daquelas máscaras, há vida inocente que está sendo ensinada a acalmar o mal e não a combater. O mal se tornou um aliado necessário, surreal e celebrado dentro das casas, das nossas escolas e pior,  dentro de muitas igrejas. Pois, enquanto brincamos de servir a Deus, o inimigo que cega, aprisiona e enclausura a alma de tantos inocentes, não brinca de ser mau. Enquanto descremos que o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra", nossos filhos são ensinados a crer que duendes e fadas são seus protetores e que ser bruxo é  muito legal, por causa do poder sobrenatural, afinal, os dons do Espírito, são para o século passado.

O que a maioria dos cristãos não sabe, é que nesta mesma data é celebrado um fato importantíssimo para a igreja Cristã, Evangélica. Em 31 de outubro de 1517 em frente à igreja do castelo de Wittemberg, Martinho Lutero protestou contra a doutrina fora da Palavra, formulando suas noventa e cinco teses que ficou conhecida como os “Cinco Solas” e que culminou na reforma protestante.

O documento provocou a contra-reforma que por razões meramente políticas, provocou inúmeras mortes dos dois lados da igreja. A coisa não está muito diferente hoje em dia, quando alguém mata o seu semelhante em nome de Deus. Enquanto isso, Jesus Cristo veio para dar vida e vida em abundância. Esta vida abundante é desprezada em troca das alianças feitas com o sistema de morte e seu engano.

O favorecimento da reforma na tradução da Bíblia foi descomunal. Agora o povo podia ler as escrituras sagradas e conhecer um pouco mais do que lhes era negado nas missas em latim realizadas com endereço certo, a burguesia. Quase quinhentos anos depois, vale uma big celebração deste ato heroico, pois em qualquer lugar por mais humilde que seja, a Bíblia está lá. A Boa nova do evangelho é apregoada de modo simples e culto, de modo informal e tradicional, em livros convencionais e em Ipad, nas igrejas e nas casas, nos palacetes e nos casebres. Ela pode ir a todos os lugares e alcançar a todos os povos.

Surgiram muitas denominações derivadas da reforma protestante. Mas, o fundamento é o mesmo, nosso Senhor Jesus Cristo. E o que nos une é maior do que as pequenas cláusulas nos estatutos internos que nos separa. Precisamos acordar para a união que deve existir entre nós. Quanto tempo ainda precisará para Jesus, o Cristo,  fazer da Sua igreja uma só? Como igreja que somos, a cruz de Cristo e tudo o que ela representa deve nos levar a ser um só coração com Deus, nosso Pai. Dando menos importância aos rótulos para que a essência, o nome do Todo-Poderoso seja engrandecido. Enquanto isto não acontecer, Halloween, vai ser encarado como celebração mais importante do dia que Deus consagrou como data para a Reforma da igreja que protestou contra as heresias disseminadas pela "soberba".

Este quadro que achei na Wikipédia mostra o surgimento das denominações ao longo dos últimos séculos. Vale a pena conferir.
Ramos do Protestantismo.

Precisamos acordar enquanto temos tempo e liberdade para isto. Virá um tempo em que o desejo será maior do que a oportunidade. Virá um tempo em que a liberdade será apenas um sonho. Virá um tempo em que a igreja de Cristo não mais estará aqui. Antes que seja tarde, diga NÃO ao que deve ser rejeitado.

Deus nos abençoe com ousadia.

Denise Figueiredo Passos


sábado, 8 de outubro de 2011

TEMPO DE ESPERAR

Faço minha as palavras da Michelle. Linda jovem que se tornou uma grande amiga, na viagem que fez aos USA em dezembro do ano passado. Naquela época eu estava muito deprimida por causa dos problemas que estavam me massacrando, principalmente cm a minha mãe doente e eu, sem poder voltar imediatamente ao Brasil. Servir de cicerone para ela e mais três  de seus amigos, foi providencial para melhorar o meu astral.

Hoje li a seguinte frase no facebook da Michelle: "Esperar não é perder tempo, é ter certeza que há um tempo certo pra tudo, porque Deus não demora, Ele capricha"!!!

Alguns dizem que o relógio é nosso amigo outros dizem que ele é um grande inimigo, porque é um desmancha prazer, sempre interrompendo no melhor tempo da festa. De qualquer forma, ele facilita a adequação dos compromissos diários. É ele que marca o tempo, inclusive o de esperar. Mas, convenhamos que esperar é muito difícil, principalmente quando envolve questões que definem o rumo da vida.
Lembrei-me da música que aprendi na classe de inglês no antigo ginásio, de alguém que apenas esperou.

Lyrics


My Bonnie lies over the ocean


My Bonnie lies over the sea


My Bonnie lies over the ocean
Oh bring back my Bonnie to me

REFRAIN:
Bring back, bring back
Bring back my Bonnie to me, to me
Bring back, bring back

Bring back my Bonnie to me

Tradução do inglês para português
Meu Bonnie jaz sobre o oceano,
Meu Bonnie jaz sobre o mar,
Meu Bonnie jaz sobre o ocean
Oh, traga meu Bonnie pra mim         
          Traga de volta, Traga de volta,
          Traga de volta meu Bonnie pra mim, pra mim,
          Traga de volta, Traga de volta,
          Traga de volta o meu Bonnie pra mim.

Você já se deparou num grande porto olhando a imensidão das águas? Águas estas que encobrem tantos mistérios da vida marinha, tantos tesouros, destroços, simples e também exuberantes embarcações. Já parou para olhar o mar e entorpecido ficar olhando como se estivesse esperando algo chegar trazido de longe? Algo muito importante para a sua vida que partiu com vistas de voltar. Sucumbiu ou perdeu o rumo?


 Infelizmente assim aconteceu na composição da música onde alguém estava á espera do barco chamado Bonnie que havia levado o seu grande amor. Parece que a música foi composta baseada na vida de imigrantes que se separam pelas contingências da vida.


Há pessoas que não fazem outra coisa a não ser ir ao cais da existência e deitar o olhar perdido no mar, esperando algo que nunca chega. Olham as grandes águas e temem, não conseguindo enxergar a esperana do outro lado. O sol nasce e se põe, a lua e as estrelas apontam um caminho que não é enxergado. E a vida não muda, continua girando em círculos.


Na música acima, Bonnie era um barco que partiu e foi levado pelas grandes águas para um lugar bem distante. Nas estrofes seguintes, o autor diz que sonhou com o Bonnie morrendo e que o seu travesseiro é quem conhece a sua dor, até que finalmente os ventos trazem o seu Bonnie de volta. Mas, e se ele não voltasse mais? A esperança e o amor também se perderiam? Não. O ditado popular diz que a esperanca é a última que morre, mas a Bíblia afirma que o amor jamais acaba.


Apenas a esperança em Deus nos faz visualizar o que está do outro lado do mar. É ela que nos impulsiona a arregaçar as mangas e construir um forte barco, mesmo que seja pequeno e lançar no mar a fim de perseguir o destino certo do grande barco perdido que levou a alegria de viver. A vida da gente tem períodos de procura, é a fase que precisamos passar. Mas, com certreza, quem procura, acha, assim como quem espera sempre alcança. Minha mãe dizia que eu já nasci otimista.


Esperar em Deus não significa cruzar os braços e esperar cair do céu um barco inteiro na sua cabeça pronto para navegar. Você precisa construir a sua embarcação.


Feche os olhos e olhe para dentro de sí. Com certeza vai descobrir bastante material para esta construção. Tudo que você acumulou ao longo da vida em experiências, em conhecimento, em valores, em fé. Cada ítem vai fazer parte desta embarcação. Uns, serão capazes de construir luxuosos transatlânticos, outros belos navios, iates, porta-aviões, balsas, lanchas, aerobarcos, grandes galeras, barcos a vela e a remo, rebocadores, pequenas canoas e até mesmo as jangadas; pois, enquanto navegam, terão utilidade.


Se você reclamou das dificuldades que teve para chegar a este ponto, saiba que todo este depósito vai para a sua construção. O tempo de espera nada mais é do que o tempo de acumulação de materia-prima, que préviamente estocado no estaleiro, dá subsídios ao Mestre para habilmente construir o que você precisa de especial para os dias futuros, para as bençãos que virão. Até para as bençãos precisamos estar preparados, senão as jogamos no lixo.


Com certeza, Deus capricha... Não tenha medo do polimento final é este que dá o brilho necessário e protege a parte externa dos parasitas que se encrustam. A bandeira do amor que é colocada no alto do mastro identifica a pátria, o lugar para onde voltar e assim ter conforto, abrigo e segurança. A bússola da Palavra de Deus indica o rumo a seguir para que não se perca. O leme da fé é o direcionador que te lava ao lugar apontado pela bússola. Se a sua embarcação tiver o vento favorável e o combustivel certo, tudo estará perfeito para alcançar a felicidade que tanto procura. Vá em frente. Tenha coragem. Se lance, sem medo, afinal, você é filho e portanto pertencente ao Reino de Deus.

Deus nos abençoe, hoje e sempre.

Grande abraço.

Denise F Passos

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tesouros da salvação

Mesmo antes de termos um encontro verdadeiro com Cristo ouvimos falar do tema salvação. Nas visitas as igrejas o louvor é muito apreciado por todos. A alegria com que se canta, encanta a todos de forma contagiante, diferente da pregação e muito mais do ofertório. Quando o culto é evangelístico fica uma pergunta no ar. Salvar de que? Para que, se eu não me sinto perdido em nada?

A conscientização de que se é um pecador, é difícil de ser entendida e aceita pelo ser humano, mas caso a conscientização da doença do pecado aconteça, mais difícil ainda é sentir a necessidade de perseguir o objetivo para alcançar a cura. Esta dificuldade é normal, pois o homem após obter a consciência do bem e do mal, perdeu a consciência do conhecimento de Deus e de tudo que é ligado a ele em todos os níveis.

A salvação é o início, isto é, é à volta ao conhecimento de Deus. Por isso testemunhamos que pessoas que nascem de novo e lhes é dado o primeiro amor são sempre radiantes dando fortes lições em crentes velhos de igreja como muitos de nós. Vou exemplificar melhor. Quando morei em Irajá, tive uma vizinha de porta que começou a caminhada com Cristo. Ela estava animadíssima e queria aprender tudo de uma vez só. Então ela me pediu se poderia vir a minha casa à tardinha, quando eu estivesse mais desocupada para que lhe explicasse partes da Bíblia que ela não entendia.

Assim aconteceu por algum tempo e numa das vezes em que falávamos sobre perdão, ela me disse: Sabe Denise, se o meu marido voltar pra mim, vou aceitá-lo de volta e perdoá-lo. Eu estive pensando, disse ela: Deus é santo e nos perdoa. Quem sou eu para dizer que não perdoo a alguém? Uau! Recebi aquelas palavras como uma grande bofetada na face. Percebi que mesmo tendo recebido ensinamento bíblico desde a infância eu não tinha aprendido nada sobre nobreza e aquela mulher chegou ontem ao conhecimento de Deus e me falou de uma das preciosidades do tesouro da salvação que eu não havia experimentado de forma consciente.

Passado algum tempo eu tive um problema que precisei usar esta preciosidade que agora estava guardada no cofre do coração. Meu marido e eu, vivíamos em muita harmonia, mas um dia eu o vi fazer algo que muito me magoou. Minha reação foi a de ir para quarto, ajoelhar, falar com Deus e chorar muito. Na ânsia de entender o que estava acontecendo, instalou-se uma grande confusão de sentimentos em mim. Fiquei ali por muito tempo até que ele veio se ajoelhou a meu lado, me abraçou, pediu perdão e falamos com Deus, juntos. Minutos depois ele se levantou e me deixou só outra vez.

Na verdade eu queria esganá-lo. Estava com muita raiva. Não me achava merecedora daquela desilusão, já que eu era tão “boazinha”. Quando estava envolta em meus pensamentos eu ouvi uma voz em claro e nítido som: “Ama como Eu amo”. Levantei a cabeça, olhei para os lados e não havia ninguém. Agora a voz ecoava dentro de mim outra vez: “Ama como eu amo”.

Naquele instante eu pedi a Deus que me ensinasse a amar com o amor dele. O meu amor é pequeno, frágil, passageiro, o dele é grande como o universo, forte como a morte e eterno como o próprio Deus. Era disto que eu precisava e eu pedi incessantemente, durante muitos anos orei desta forma.  Eu só vim a descobrir o tesouro que eu conquistei quando o meu marido ficou doente e eu cuidava dele sem me cansar, cuidava não com o meu amor, mas com o amor de Deus. Eu sentia que Deus expressava o amor que sentia por ele através de mim. Através de toda a paciência, resignação e amor, conseguimos passar os dias nebulosos em paz.

O mundo está cheio de pessoas que buscam encontrar na lâmpada de Aladim ou na caverna de Ali Babá o tesouro para enriquecer a sua vida. Hoje, cada dia que vivo me traz nova experiência e procuro vivê-la na esperança de que seja enriquecedora. Se for útil a Deus, meu objetivo é poder mostrar a quem vir às cicatrizes da minha alma, a joia que adquiri com a cura, e assim poder oferecê-la a outros. Amor, paz, perdão, fé, paciência, humildade e uma lista interminável de preciosidades que só o conhecimento de Deus traz, está à disposição, basta abrir a porta e entrar.

A salvação em Jesus Cristo, Filho de Deus á apenas a porta de acesso. Quem se contenta em ficar no hall de entrada não adquire os tesouros disponíveis aos habitantes do Reino. Vivem dentro, mas com a pobreza de fora. Ou andam pelas salas do tesouro real, olham e ficam extasiados com tudo que vêem, até comentam a respeito, mas não os adquirem como dote. Adquirir este tesouro requer esvaziamento de si mesmo para ser cheio com o conteúdo digno de um habitante do Reino de Deus.
Deus abençoe a nossa vida com este tesouro!!!
Obrigado.
Grande abraço a todos.
Denise F Passos

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

               Dez anos na Funabem
Ontem postei um artigo no blog e o amigo Jorge Luiz me deu um alerta, amigo de longa data e põe longa nisto...desde a nossa adolescência na Igreja Assembléia de Deus em Madureira. Ele namorava uma das minhas amigas quando nos conhecemos e durante muitos anos fizemos parte do mesmo grupo de amigos. No vai e vem da vida nos distanciamos e cerca de quatro anos atrás, reencontrei no abençoado Orkut, os meus grandes amigos de juventude: a Catia do Japão, a Sara, a Leninha, a Marcia Abdan, a Delma, a Eliza Tasca, a Sula, o Isvaldo, a Marciléia, Sônia e muitos outros e, o Jorge estava entre eles.

Sempre que conversamos sobre as matérias do meu blog, ele me incentiva a escrever sobre temas atuais, temas mais chocantes e polêmicos. Resolvi atender e contar um episódio que me fez muito realizada.

No ano de 1981 o grupo de jovens da igreja Assembleia de Deus em Vila Rangel, RJ, onde o meu pai era pastor, começou a evangelizar os internos da extinta Funabem – Fundacão Nacional do Bem-estar do Menor. Todos estavam presentes nas primeiras idas àquele lugar, onde garotos e jovens pouco se interessavam pela mensagem de esperança que levávamos a eles. Poucos se achegavam a nós, porém a chama que ardia em nosso interior era maior que as dificuldades. O primeiro que se rendeu a Cristo foi o Waldeci e depois, pouco a pouco o grupo foi aumentando. O grupo de evangelização foi diminuindo a cada domingo até chagar a meia dúzia de pessoas.

Meu marido, Ademilson Dorea Passos, liderava o grupo e se impunha bravamente com a direção da casa para manter o trabalho evangélico, reivindicando a liberdade religiosa que reza na constituição brasileira. Ele sentiu na pele o que é viver numa instituição para menores carentes e infratores. Visitou a maioria das igrejas da circunvizinhança e conseguiu ajuda na sua empreitada. Pessoas de várias denominações trabalhando juntas em prol da causa maior, as boas novas do evangelho. De forma que entramos em todas as nove escolas da Funebem, no bairro de Quintino e também no hospital que funcionava na própria instituição. Lembro-me do testemunho de um irmão Paulão que se encaixou perfeitamente no trabalho do hospital, onde bebês que foram abandonados pelas mães, recusavam alimentação por causa da depressão. Ele cuidava daqueles bebês com tanto carinho, os alimentava, conversava com eles e testemunhava nas visitas de supervisão da liderança, enquanto segurava a criança no colo: Este é o meu melhor sermão, este é o meu melhor hino. Não há melhor serviço para Deus do que cuidar destas criaturinhas.

Decorridos uns seis anos, tudo caminhava perfeitamente, então era a hora de partir para a Ilha do Governador para as outras escolas. Entramos em todas elas, uma a uma, inclusive na escola de infratores feminino e masculino. Lá um dia eu estava conversando com um garoto em torno dos onze anos de idade e ouvi uma pergunta que muito me chocou: Tia existe alguma coisa melhor do que roubar e matar? Eu fiquei perplexa, as palavras me fugiram, como eu responderia a pergunta daquela criança que conhecia apenas aquele tipo de mundo? Eu sinceramente não me lembro da resposta exata, mas aquela pergunta não mais me saiu dos ouvidos.

Alguns internos marcaram nossa vida. Diná foi uma delas. Linda garota, com um doce sorriso. Gostava de cantar e era a primeira a se apresentar em nossas reuniões. Um dia ela pediu oração porque não conseguia dormir e quando oramos por ela houve manifestação demoníaca e foi um grande alvoroço no pátio da escola. As que estavam perto correram para longe e as que estavam longe correram para perto, a fim de ver o que estava acontecendo. Para finalizar, ela foi liberta e como gratidão a Deus cantou um hino no domingo seguinte. Porém, ela fugiu da instituição, durante a ida para o hospital com a desculpa de que havia engolido uma agulha e acabou sendo morta, violentamente.

Rozalia que conhecemos desde os oito anos na Funabem, foi deixada aos três meses de idade na escola e aquela, foi à única casa que conheceu e lá acompanhamos o seu crescimento durante os dez anos que trabalhamos naquela escola. Sua família era os inspetores e colegas na mesma situação. Aos dezoito anos de idade ela precisou sair da instituição e passou por muitas casas, até que um dia encontrou com meu marido que a levou a nossa casa para me ver. Conversamos sobre a possibilidade de ela ficar em nossa casa até arranjar um lugar onde morar, ela foi, ficou por quatro anos e saiu da nossa casa bem casada.

Por um determinado período passamos a ir uma vez por semana, à noite, a Cinelândia levar alimento e um pouco de solidariedade aos moradores de rua, do Rio de Janeiro. A primeira vez que fui fiquei feliz pela experiência enriquecedora. Um garotinho de mais ou menos quatro anos de idade que vivia com sua família nas ruas do Centro, me amou, sentou no meu colo e nem a sua mãe conseguiu retirá-lo de lá. O pai tocava violão divinamente e ali cantamos algumas músicas, alimentamos aquelas pessoas e falamos do grande amor de Deus por elas. Fui sorrindo por dentro em todo o caminho de volta para casa, me senti melhor do que se tivesse ido a uma festa. Quando cheguei a casa tivemos que tirar a roupa na lavanderia que foi direto para o balde com água e sabão, porque não dava para ir até o quarto de tanto mau cheiro, mas eu estava feliz, realizada, por ter cumprido um dever.

Alguns dias antes do meu marido falecer, bateu a nossa porta um homem que soube da doença que lhe acometera e foi apenas para agradecer os anos de evangelização na Funabem, onde foi alcançado pelo amor de Deus e teve a vida transformada. Ele foi infrator numa das escolas e agora a sua arma era a Palavra e sua briga era com o inferno, tudo por causa de pessoas que se doaram por outras. Casado, pai de família, obreiro da igreja, sargento do exército, aquele homem foi enviado por Deus para trazer a memória anos de trabalho árduo. Muitas vezes tínhamos que diminuir a feira de domingo para sobrar o dinheiro do transporte para ir à evangelização.

No governo Collor de Mello a instituição se extinguiu e o trabalho acabou. Mas, a semente ficou plantada em muitos corações e um dia saberemos em quantos foi germinada e frutificada. Hoje as boas lembranças ficaram, de um tempo produtivo, de vida útil a Deus e ao próximo. Porém, os mendigos continuam nas ruas e muitas crianças e adolescentes abandonados à própria sorte. E muitos que dizem amar a Deus a ao próximo, sequer olham para os lados com receio de enxergar a necessidade do outro, vivem um cristianismo medíocre voltado para os próprios interesses.

Obrigada Jorge, meu amigo. Deus te abençoe grandemente. Obrigada por me estimular a escrever sobre temas atuais. Às vezes eu não acho que levo muito jeito para isto e prefiro escrever temas menos complexos. Mas, eu sei que o mundo lá fora não é cor-de-rosa, está mais para o salve-se quem puder. Agradeço a Deus a oportunidade que concedeu em nos fazer úteis à vida de outras pessoas. Como médico, sei que você também vive uma vida útil ao seu próximo. Fizemos isto não porque somos bonzinhos e caridosos, mas porque a misericórdia de Deus é grande sobre a nossa vida.
Deus abençoe a todos.
                                                                                 Denise F Passos

Na foto de família, meu marido, Pastor Ademilson Dorea passos, eu, a Dulce de conjunto vinho - filha de criacão, Rozalia de jardinneira quadriculada - filha de criacão, Suelen a mais alta,Sueni a frente dela, e a pequenina Suelaine, filhas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

APROVEITANDO A OPORTUNIDADE

Na manhã de sábado, eu estava preparado o almoço, enquanto Giuliana, a minha neta de um ano e meio de idade, se distraia com um brinquedo qualquer sentada no chão da cozinha. Revirava-o de um lado para o outro, sacudia, observava as cores, quando de repente o olhar se voltou para o armário ao lado da pia, cujas portas ainda estavam abertas pelo fato de não ter sido encontrado o que se procurava nele. – “Vovó voltou para o fogão, acho que não encontrou o que estava procurando, vou ajudá-la”. Mais que depressa engatou a primeira e disparou engatinhando em direção à nova descoberta, sem perder tempo com o ensaio dos passos ainda lentos.

Ao chegar àquela que no momento comparava-se a oitava maravilha do mundo, esticou a minúscula perna e subiu na prateleira do armário. A mãe que a observava de longe se aproximou, não para retirá-la do local, mas para protegê-la de uma queda. “Quanta coisa diferente neste lugar!... Muitas caixas, pacotes, além de vasilhas plásticas contendo alimento. Que legal! Esta é uma grande descoberta. Nem sei por onde começar. Sou excelente desbravadora!”

Após alguns minutos de festa, Suelen a mãe dedicada, disse a Giuliana: Não, filha, já chega. Quando percebeu que seria retirada do armário, olhou para baixo a fim de calcular a altura, engatou a ré e desceu lentamente até alcançar o chão. Sentou, olhou para nós, que observávamos atentamente a proeza, deu um largo sorriso como se dissesse: Yes, consegui!

A vida oferece novidades a todos nós. As oportunidades aparecem todos os dias, em todas as fases da vida e de forma diferenciada, porém muitas passam batidas, porque não avançamos para desbravá-las. O medo de alcançar o que de longe parece inatingível, nos impede de chegar mais próximo para avaliar as possibilidades. Daí, continuamos a brincar com aquilo que está nos entretendo absorvendo assim toda a nossa atenção. O pensamento é o seguinte: - Já tenho este aqui. Para que nova distração?

O grande erro na sociedade atual, principalmente da juventude, é arranjar apenas com o que se distrair, não com o que se enriquecer. Perdem tempo precioso. Tempo irrecuperável, onde só a maturidade trará a consciência dos danos. Para que se enriquecer de conhecimento, se nos vídeo games da vida ganhamos todas? Somos os mais valentes, os mais fortes, os mais espertos e estratégicos e criamos oportunidades de passar em todas as fases dos jogos por mais difíceis que sejam. Nos jogos virtuais somos persistentes e não aceitamos não como resposta. A vida é um jogo real, onde é impossível mexer botõezinhos na luta diária pela sobrevivência. Conquistar posições requer esforço, habilidade, conhecimento, talento, inteligência, tudo ao vivo e em cores.

Quando olhamos um bebê de apenas um ano e um mês dando uma grande lição em questão de oportunidade, deveríamos parar e, repensar no que estamos fazendo da própria vida. Afinal, a disputa é grande e a fila anda com muita rapidez. Se, paramos ou atrasamos o passo, ficamos alienados e fora do contexto atual, perdidos no tempo e no espaço, por vezes, irrecuperável.

As crianças são destemidas e ávidas pelo descobrimento. E este arrojamento é mais frequente quando o adulto ainda não lhe passou os perigos que a vida oferece. Perigos inevitáveis que vem junto no pacote de vida de todo ser humano. A dificuldade dos dias atuais remete o indivíduo a ter medo do próximo, medo do desconhecido. O adulto deve atentar de que o excessivo cuidado com tudo e todos pode se transformar em neura e assim deixar escapar toda a singeleza do bem-viver.

O quotidiano oferece a todos a oportunidade de tornar-se uma pessoa melhor, mais atenta, mais feliz, mais participativa. E uma pessoa melhor vive mais e intensamente, não busca crescer com a oportunidade que a vida oferece ao outro, não faz do outro a escada para galgar posições, não cobiça a lavoura do vizinho, por se achar incapaz de produzir por si próprio, mas com humildade, busca aprender com sua maturidade. Cuida do bem-estar alheio a partir da paz interior. E assim, e apenas assim, pode cumprir o resumo dos mandamentos que Jesus nos ensinParte superior do formulárioouParte inferior do formulárioAmarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.

Amar a Deus é viver a essência da qual viemos com inteireza de coração, na integralidade da alma, com toda força interior, buscando todo o entendimento sobre ele; amar ao próximo é não impor condições para amar e amar a si mesmo é fazer bem a si, no corpo, na alma e no espírito. Esta é a fórmula de equilíbrio do bem-viver. Aproveite a oportunidade que a vida te dá para ser feliz.
Deus te abençoe.
Grande abraço.
                                                                                   Denise F. Passos